O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Ricardo Alban, criticou o atual momento pelo qual passa o Brasil e citou como exemplo da crise os orçamentos das universidades. “Não tem uma cultura incentivando conhecimento. Nossas universidades, que seriam o celeiro das pesquisas, o grande orçamento é voltado para custeio. O museu que pegou fogo, para a nossa cultura, não tem dado valor em campo nenhum. As pessoas estão ficando a reboque. Reclamar só não adianta nada”, afirmou, em entrevista a Rádio Metrópole.
Alban lembrou ainda de um episódio recente, quando conversou com um estudante que teve que sair do Brasil para ser pesquisador. “Passamos por Nova York e vimos um testemunho de um estudante brasileiro. Ele demonstrando o desânimo em ter que sair do Brasil para poder fazer um curso de pós-graduação. Quem tinha condição ia, e os que não tinham condição ficavam aqui no Brasil, sem opção. Todos concordaram que é uma tristeza e me restou dizer a ele: ‘Eu quero crer que vocês que estão aqui são uma reserva estratégica e técnica para o Brasil. Vivemos um ciclo perverso da economia, da política, e queremos crer que vocês aqui são uma reserva estratégica do que estão ficando lá e estudando para concurso público’”, disse. O momento atual do país, para Alban, faz com que todas as decisões sejam adiadas. “O bom da discussão da política é quem o que vier vai ser mais cobrado do que nunca”, acredita.