Menos de uma semana depois do deputado eleito Nelson Pelegrino ter afirmado que estaria disponível para concorrer à prefeitura de Salvador, o senador eleito pela Bahia, Jacques Wagner, afirmou em coletiva na tarde de hoje, que não “enxergar” dentre os componentes do seu partido nenhum nome com favoritismo para disputar o cargo.
Antes, ao contrário, Wagner deu a entender que o PT baiano precisaria renovar seus quadros:
“Quanto mais cara nova, para mim, melhor”. Ele ainda ventilou a hipótese de que o PT não precisaria “necessariamente” ter um candidato próprio à prefeitura de Salvador em 2020.
O senador eleito ainda se referiu às eleições de 2022, com a perspectiva de alternância de poder, com uma nova estratégia que poderia ser implementada pelo PT na Bahia, que passaria a ter outros objetivos para além do governo do estado:
“Ninguém abre mão de poder de graça, abre por estratégia política. Sempre disse que, completados 16 anos, é hora de quem tem a precedência eventualmente ceder”, opinou.
Ele ainda afirmou que a responsabilidade fiscal pode ser vista como algo que foi incorporado pelas esquerdas:
“O governo do Rui é irresponsável do ponto de vista fiscal? O meu governo foi? O do Camilo [no Ceará]? O do Piauí? Isso é um besteirol que já ficou para trás, depois do presente que o ex-presidente Fernando Henrique deu para o Brasil, com a equipe dele. A gente conseguiu entronizar as questões do controle da inflação, da responsabilidade fiscal, que hoje é um valor que eu acho que ninguém mexe”, disse.