Os familiares das vítimas e sobreviventes da tragédia resultante do naufrágio da lancha Cavalo Marinho I fizeram uma caminhada hoje (24), em Mar Grande, em Vera Cruz. A ocasião marcou um ano da tragédia que deixou 19 pessoas mortas.
Cerca de 150 pessoas caminharam até a praça onde fica o terminal náutico de Vera Cruz, onde acontecem as viagens das embarcações. Eles foram vestidas de branco, com balões e cartazes nas mãos.
Uma nova versão do inquérito policial sobre a tragédia foi encaminhada ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) na tarde de ontem (23).
As investigações tinham sido concluídas em abril deste ano pela Polícia Civil, o MP, porém, pediu novas diligências. O teor das novas ações sobre não foi divulgado. O documento com a nova versão do inquérito será analisado pelo promotor Ubirajara Fadigas, que decidirá sobre oferta de denúncia à Justiça.
O proprietário e o engenheiro da empresa CL Transporte Marítimo, responsáveis pela lancha, foram indiciados em inquérito da Polícia Civil, coordenado pelo delegado Ricardo Amorim, titular da 24ª Delegacia Territorial (DT/Vera Cruz). Assim como o comandante da embarcação, os dois responderão por homicídio culposo e lesão corporal culposa.
Iniciativas para que tragédia similar não volte a ocorrer foram estão sendo tomadas pelas autoridades.
Nesse sentido, a Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), realizou vistorias em seis embarcações na Operação Navegar Seguro, realizada no Terminal Náutico do Comércio, nesta sexta-feira (24).
Os fiscais emitiram duas notificações: uma devido à deficiência no sistema de áudio que transmite as instruções de segurança aos passageiros durante a travessia Salvador-Itaparica e outra pela ausência do sistema de som em outras partes da lancha, como no convés inferior e no convés de popa.
“O próprio CDC prevê que deve haver esse tipo de serviço e tem normativa da Capitania dos Portos que traz essas instruções. Elas podem ser dadas no terminal ou na embarcação, seja por meio dos marinheiros ou de televisores instalados no veículo”, lembrou o diretor-geral da Codecon, Alexandre Lopes. Com informações do G1.