Ciro Gomes aposta que o PT não conseguirá se organizar para a eleição de 2018. E só terá uma alternativa viável: correr para seus braços ou protagonizar um fiasco eleitoral. Isso justificaria as atitudes do ex-ministro, de solidariedade apenas relativa a Lula e distância do partido, segundo informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
A conclusão é também de dirigentes e lideranças do PT que mantiveram alguma ponte com ele e com lideranças do PDT, ao qual é filiado, nos últimos meses. Ao mesmo tempo, Ciro sabe que a maioria dos dirigentes petistas prefere, hoje, lançar candidato próprio, ainda que enfrentem enormes dificuldades eleitorais. A legenda mantém, apesar dos baques, 19% da preferência partidária, segundo o Datafolha. Antes de ser preso, Lula lamentava as críticas que Ciro faz à legenda. Se fosse diferente, dizia, seria inevitável apoiá-lo.