A negociação pré-processual entre os Correios e os trabalhadores, mediada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), pode evoluir para dissídio após resistência à proposta apresentada pela empresa. O texto foi analisado em assembleia na última terça-feira (23).
Durante a mediação, os Correios levaram a proposta à Fentect e à Findect. Apesar de a maioria dos trabalhadores ter aceitado os pontos apresentados, a Fentect rejeitou os termos, o que inviabiliza um acordo. Sem consenso, o processo pode entrar em dissídio, com risco de perda de concessões já negociadas, além da manutenção do indicativo de greve.
“Depois de mais de cinco meses de negociação, diálogo e paciência, a empresa segue intransigente e insiste em jogar nas costas dos trabalhadores a conta da má administração, apresentando propostas que retiram direitos e atacam nossa dignidade”, disse a Fentect em publicação nas redes sociais na última terça-feira (23).
A Findect, por sua vez, afirmou que qualquer acordo depende da decisão da categoria. “Cada direito preservado até aqui é fruto da organização, da unidade e da luta coletiva, que seguem sendo fundamentais neste momento decisivo”, declarou em comunicado.
Diante da possibilidade de paralisação, o presidente do TST, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, determinou que ministros da Seção Especializada em Dissídios Coletivos fiquem de prontidão para eventual julgamento, inclusive durante o recesso de fim de ano.
Foto: Agência Brasil
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