Nesta quarta-feira, 10 de dezembro, São Paulo registrou um ciclone extratropical, causando a falta de energia elétrica em muitos bairros da capital e do estado, provocando problemas também nos serviços de telecomunicações. Moradores de várias regiões da cidade enfrentaram instabilidade na conexão 5G. Com a falta da energia elétrica, as antenas de transmissão de internet ficaram inoperantes, causando transtornos principalmente para quem precisa dos serviços móveis para estudar ou trabalhar. Segundo a Defesa Civil, as rajadas de vento alcançaram a sua maior velocidade em 98,1 km/h por hora. Conforme a concessionária Enel, até o fim da tarde ao menos 2,26 milhões de pessoas foram afetadas na grande São Paulo, com impactos mais relevantes nos bairros Ipiranga, Centro, Mooca, Vila Prudente e Campo Limpo.
Impacto da queda de energia no sinal 5G
Com eficiência de até 90% maior por unidade de tráfego, o 5G precisa de muito mais energia para distribuir o sinal devido à alta densidade da rede, gerando uma forte dependência dos sistemas e infraestrutura de TI, com o aumento no uso da rede fixa e móvel e ao crescimento do tráfego com os anos. Uma pesquisa da Vertiv, revela que o consumo energético de 150% a 170% está projetado até 2026 no setor de Telecom. De acordo com a NIO, empresa que atua no setor de telecomunicações, a falta de estabilidade do sinal não está ligada ao suporte de estrutura das empresas, mas é originada pela falta do fornecimento de energia, deixando fora do ar muitas estações responsáveis pela distribuição do sinal.
A força dos ventos do ciclone
A influência do ciclone extratropical formado no Atlântico Sul foi anunciada pelo ar. Apesar da cidade acordar sem sinal de chuva, o fenômeno gerou uma diferença na pressão atmosférica aumentando os ventos em direção ao continente, criado em uma área de baixa pressão. As camadas mais altas que chegaram à superfície foram intensificadas pelo dia de céu aberto e pela radiação solar que esquentou a terra, estimulando a turbulência atmosférica e ocasionando rajadas com camadas mais altas. A zona oeste, por exemplo, registrou a maior velocidade de vento por volta das 12h40. Ao meio dia, Congonhas atingiu ventos de 96,3 km/h. Já Guarulhos foi marcado por uma ventania de 77,8 km/h. Na zona norte, o bairro Santana chegou a receber 81,2 km/h por hora. As rajadas atingiram também o interior do estado, com Campinas recebendo ventos de até 77,7 km/h.
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