

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), rebateu nesta segunda-feira (15) as críticas feitas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), à gestão municipal e afirmou que há dificuldades para que demandas da capital avancem nos programas do governo federal.
Segundo o prefeito, a Prefeitura enfrenta entraves na liberação de recursos. “Rui em vez de falar, devia era liberar os recursos”, disse.
Ao citar exemplos, Bruno Reis afirmou que a gestão municipal cadastrou dezenas de propostas em programas federais voltados à educação. “Para vocês terem uma ideia, tanto no PAC 1, como no PAC 2, nós já cadastramos 20 pedidos de creches e escolas e apenas uma foi selecionada, com um repasse de R$ 3 milhões, o que não corresponde a 20% do valor das unidades que nós construímos”, declarou.
O prefeito também comparou os investimentos em educação realizados pelo município e pelo governo do Estado em Salvador. “O ex-governador está no passado. Ele precisa vir para o presente e justificar porque, em 20 anos, o Estado construiu apenas sete novas unidades escolares em Salvador e só depois que recebeu os recursos do Fundeb. O que a gente vê é o Estado fechando escolas, como é o caso do Odorico Tavares, uma escola histórica, que está sendo levada a leilão”, pontuou.
Durante entrevista coletiva concedida no evento do almoço de Natal para pessoas em situação de rua, promovido pela Prefeitura de Salvador no bairro do Comércio, Bruno Reis também criticou o novo pedido de empréstimo encaminhado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
Segundo o prefeito, as gestões petistas à frente do Estado já acumulam mais de R$ 5 bilhões em solicitações de crédito. “A quantidade de empréstimos que Jerônimo está pedindo é irrazoável”, afirmou.
Bruno defendeu a atuação dos órgãos de controle para acompanhar o destino dos recursos. “Já passou dos limites. Chegou a hora de os órgãos de controle atuarem e saber o porquê [desses empréstimos]”, declarou.
Por fim, o prefeito avaliou que a estratégia do governo estadual pode comprometer as contas públicas e ironizou a postura da gestão. “Parece até que é birra, porque a oposição critica em um dia que aprova um, e no dia seguinte manda outro, realmente a gente lamenta”, concluiu.
Foto: Otávio Santos / Secom PMS