quarta, 10 de dezembro de 2025
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BRASIL REGISTRA ALTA DE 15,6% NA DEMANDA DOS CONSUMIDORES POR CRÉDITO EM SETEMBRO, DIZ PESQUISA

Bruna Carvalho - 10/12/2025 09:52

A busca dos consumidores por recursos financeiros avançou 15,6% em setembro de 2025, na comparação anual, segundo o Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil. O resultado mostra uma alta de 6,3 pontos percentuais frente ao mesmo período do ano anterior, refletindo um ambiente econômico no qual a procura pelo crédito segue aquecida, mesmo com o encarecimento devido ao patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano.

O indicador mostra se o consumidor solicitou crédito, independentemente de aprovação. Segundo a economista da datatech, Camila Abdelmalack: “O mercado de trabalho aquecido e a manutenção do crescimento da renda real, também influenciada por políticas econômicas, têm sustentado o consumo das famílias e impulsionando a procura por crédito mesmo em um cenário de juros elevados. A expansão na demanda por crédito ocorre em um contexto de transição no cenário doméstico, marcado pela desaceleração no ritmo de concessões e por uma postura mais cautelosa dos credores diante da evolução do quadro de inadimplência no país. Segundo dados da Serasa Experian, o número de inadimplentes atingiu 80,4 milhões em outubro.”

Centro-Oeste e Nordeste registram os maiores crescimentos

A análise regional mostra que o avanço da demanda por crédito foi disseminado em todo o país em setembro de 2025, ainda que com intensidades distintas entre os estados. As maiores expansões ocorreram principalmente no Centro-Oeste e no Nordeste, impulsionadas por unidades federativas como Goiás (25,3%), Alagoas (25,2%) e Sergipe (24,8%), que lideraram a busca por crédito. No Norte, o movimento também foi significativo, com destaque para Roraima (25,1%) e Tocantins (20,3%), enquanto no Sudeste e no Sul o crescimento apareceu de forma mais homogênea, embora em patamar moderado, com avanços relevantes em Minas Gerais (21,4%), Rio Grande do Sul (21,4%) e Paraná (18,5%). Na outra ponta, estados como Piauí (2,4%), Amapá (7,1%) e Ceará (6,3%) registraram as menores variações.

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

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