

Economistas de grande instituições financeiras estiveram presentes no evento “onde investir em 2026” para falar sobre os cenários econômicos do Brasil para o próximo ano. Durante o debate, foi inescapável fazer comparações entre a virada de 2024 para 2025 com o mesmo período agora. Nesse ponto, s diferenças são gritantes. Uma comunicação errática do governo sobre a meta fiscal se somou a incertezas com a chegada de Donald Trump à presidência do EUA – que valorizou o dólar no mundo — e embaralhou a precificação dos ativos.
A economista chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória acredita que em 2025 a inflação deve terminar perto da meta e em 2026 o cenário é de controle.
Rafaela destacou outra das incertezas que ficaram estampadas no período: a volta do risco inflacionário. “Quando o câmbio fechou o ano em R$ 6,20 — chegou a bater em R$ 6,30 em dezembro — a gente tinha a preocupação de todo esse repasse para a inflação. Parte disso voltou – o câmbio voltou para R$ 5,40 – e a outra parte o BC fez o trabalho duro de uma restrição monetária bem significativa. Então, a trajetória da inflação reverteu”, argumentou a economista do Inter.
No momento atual, no entanto, ela afirmou que há uma visibilidade, pelo menos no curto prazo, um pouco melhor. “A gente termina o ano com uma inflação muito provavelmente dentro da meta e pelo menos uma previsão com essa dinâmica atual de uma inflação também controlada para 2026. Mas eu concordo que as incertezas ainda existem”, disse.
Caio Megale durante o painel, o momento de estresse no mercado levou a taxa de câmbio a R$ 6,30 e taxas de juros longas perto de 18% em termos nominais, além de muita pressão sobre o Banco Central e também sobre o Ministério da Fazenda.
“Foi uma combinação de incertezas domésticas e incertezas externas que fizeram com que o mercado se mexesse daquela forma. Essas incertezas foram embora e, por isso, o mercado está tão tranquilo? Não, elas não foram embora. Em boa parte, elas continuam por aqui. Então, é um risco para os mercados em algum momento ao longo do tempo”, advertiu o economista da XP.(Infomoney)
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