

A Cogna (COGN3) vive um dos movimentos mais fortes da Bolsa em 2025, acumulando alta de cerca de 270% e liderando o Ibovespa com ampla vantagem. A disparada dos papéis é sustentada pela combinação de resultados trimestrais acima das expectativas, forte desempenho da Kroton, melhora de receita e lucro, além da perspectiva de cortes de juros em 2026 — cenário que favorece empresas de educação e elevado endividamento. No 3T25, a companhia superou projeções com Ebitda 6% acima do esperado, lucro ajustado de R$ 73 milhões e receita crescendo 15%, reforçando a virada operacional.
O otimismo é compartilhado por casas como Bradesco BBI, Goldman Sachs e BTG Pactual, que revisaram estimativas e destacam captação forte no presencial e EAD, avanço da Vasta e oportunidades no segmento B2G. Mesmo com alguma cautela após a forte valorização, o consenso segue positivo: a empresa vive um ciclo de resultados mais consistentes e desalavancagem gradual. No campo técnico, a ação avança +265,60% no ano, rompe regiões não vistas desde 2021 e mantém tendência firme, embora indicadores como o IFR sugiram possível acomodação de curto prazo — sem, porém, comprometer a estrutura construtiva dos gráficos diário e semanal.Para entender até onde o preço das ações da Cogna (COGN3) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica Cogna (COGN3)
No curto prazo, a Cogna preserva um movimento de alta bem definido. A ação encerrou a última sessão com leve ganho de +0,26%, cotada a R$ 3,88, mantendo-se acima das médias móveis curtas — ambas inclinadas para cima e confirmando o domínio dos compradores. O IFR (14) em 63,15 permanece em zona neutra.
O primeiro suporte para eventuais correções naturais aparece em R$ 3,70, ponto ideal para pullback dentro da própria tendência. Abaixo desse nível, destaco suportes importantes em R$ 3,36, R$ 3,19 e R$ 2,88. Em cenários de maior pressão, os suportes finais se encontram em R$ 2,70 e R$ 2,49, completando a base estrutural do curto prazo.
Pelo lado das resistências, a Cogna enfrenta sua primeira barreira imediata em R$ 3,97. O rompimento dessa faixa tende a abrir caminho para os próximos alvos em R$ 4,15 e R$ 4,36. Acima disso, a ação entra em uma zona mais densa e desafiadora, com resistências em R$ 4,56, R$ 4,77 e R$ 4,93 — patamares que deverão testar o apetite comprador e definir o ritmo da tendência no curto prazo. Uma quebra consistente dessas regiões manteria a estrutura altista e ampliaria as projeções favoráveis.
Análise de médio prazo
No olhar semanal, a Cogna permanece em um dos movimentos mais sólidos entre as small caps do ano. A alta acumulada de +265,60% é acompanhada de uma estrutura técnica limpa: topos e fundos ascendentes, médias curtas inclinadas e um ativo negociando acima de zonas que, até então, funcionavam como barreiras importantes. O IFR (14) em 67,17 reforça a força do movimento, mas também indica aproximação da região de sobrecompra.
Entre os suportes do médio prazo, o primeiro ponto sensível aparece em R$ 3,47, seguido por regiões consistentes em R$ 3,20 e R$ 2,88, que já foram bases relevantes em momentos anteriores. Em um horizonte mais estratégico, observo a faixa de R$ 2,49 e a média de 200 períodos, atualmente em R$ 2,36, como suportes estruturais fundamentais. A perda desses níveis abriria espaço para uma correção mais profunda em direção a R$ 1,83, último suporte expressivo do semanal.
No campo das resistências, a Cogna volta a trabalhar em patamares que não eram revisitados desde 2021. O primeiro obstáculo significativo aparece em R$ 3,97, seguido pelo ponto crítico de R$ 4,28, cuja superação deve calibrar o ritmo comprador. Acima disso, as projeções se estendem para R$ 4,77 e R$ 5,31, resistências históricas importantes que funcionam como teste de força do ciclo de alta.(Infomoney)
(Imagem: Instagram/ Kroton Educação)