

O Plano de negócios 2026-2030, lançado pela Petrobras na última quinta-feira (27), prevê investimentos de R$ 109 bilhões, sendo que a área de refino, petroquímica e fertilizantes ficará com 80% e a de gás e energias de baixo carbono com 20%.
A estatal planeja cortar cerca de 20% nos investimentos em transição energética. E assim as áreas de energia eólica e solar e a de petróleo em terra (onshore) foram as que mais perderam, com cerca de 58% de corte. Isso afeta diretamente a Bahia com projetos nessas áreas. Houve a retomada de perfuração onshore da Petrobras no campo Taquipe, no município de São Sebastião do Passé, e em outras áreas e a expectativa era de novos investimentos.
Segundo a diretoria, a Petrobras vai priorizar bioprodutos no lugar de geração eólica e solar pelo menos até o final da década, devido aos cortes de geração renovável (curtailment). A Petrobras deixou claro que vai priorizar os biocombustíveis no segmento de renováveis, em vez de geração solar e eólica. Serão investidos US$ 2,2 bi em etanol e já há negociação com diversos players no mercado, com anúncios já em 2026.
“Estamos mais de olho nas moléculas, especialmente no etanol e no biodiesel”, disse Chambriard, citando também os combustíveis coprocessados com percentual de óleo vegetal, a exemplo do S10 e o do SAF patenteados pela companhia.
Já solar e eólica ficaram para o fim do horizonte 2026-2030, por conta do cenário de excesso de oferta de energia renovável no mercado.
Para a Bahia restou apenas os investimentos nos fertilizantes da Fafen com foco na continuidade operacional.