O governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a defender, nesta quinta-feira (27), a sequência de pedidos de empréstimo enviados à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) desde o início de sua gestão. Ele afirmou que o Estado mantém bons índices de endividamento e ressaltou que a capacidade de pagamento baiana é reconhecida pelo Ministério da Economia.
Diante das críticas ao volume de financiamentos solicitados, Jerônimo retomou comparações com a gestão do ex-governador Rui Costa (PT). Segundo ele, a suspensão de empréstimos por seis anos não teria ocorrido por falta de intenção, mas por entraves enfrentados no governo federal.
“Os pedidos que Rui enviava não tinham respaldo no governo federal. Dois deles foram barrados pelo Banco do Brasil e pela Caixa. Rui queria contrair empréstimos, mas não conseguia autorização”, afirmou. O governador declarou que, caso a Bahia tivesse obtido liberações anteriores, parte das demandas atuais já estaria atendida em áreas como saúde, educação e infraestrutura.
Jerônimo reforçou que todos os pedidos passam por avaliação técnica e se baseiam na capacidade de pagamento atestada por órgãos federais. “A nossa CAPAG não é definida pela Secretaria da Fazenda. Quem nos dá o relatório de capacidade de pagamento é o Ministério da Economia”, destacou.
Com uma nova solicitação enviada à AL-BA na terça-feira (25), o governo chegou ao 22º pedido de empréstimo desde 2023. A proposta mais recente, encaminhada em regime de urgência, prevê a contratação de R$ 650 milhões junto ao Banco do Brasil. Apenas em novembro, três pedidos foram encaminhados, somando R$ 2,9 bilhões.
O governador informou que o novo financiamento será utilizado em investimentos destinados a parcerias público-privadas (PPPs), mas não detalhou os projetos que devem receber recursos. O envio em caráter urgente reduz o prazo de análise na Casa Legislativa, o que tem gerado críticas da oposição.
Foto: GOVBA
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