

A pedagoga e artista plástica baiana, Lúcia Cooper, lidera a criação do Projeto COP30, cujo Mural foi erguido no dia 4 de novembro, no billboard central da cidade litorânea de Sidmouth, no sudoeste da Inglaterra, que fica situada na Jurassic Coast, patrimônio mundial da UNESCO. Com 18 metros quadrados (6m x 3m) e composto por 20 obras de arte, o mural reúne a expressão criativa de duas artistas plásticas brasileiras, de São Paulo, e 18 artistas britânicos do ‘Exploring Art Group’ de Sidmouth. “Pedi aos artistas que pintassem o que amavam em Sid Valley e no Brasil, conectando essas respostas. O resultado é a beleza que queremos preservar e os medos que precisamos enfrentar”, declarou Lúcia Cooper. A mensagem dada por ela em inglês no vídeo do ‘press release’ define bem o visual do mural: “Stop ripping the world apart: make it whole from COP30” (Pare de dilacerar o mundo: torne-o inteiro novamente, a partir da COP30).
A Escola de Arte de Sidmouth – na pessoa da sua diretora – Louise Cole- juntamente com a Igreja Católica de Sidmouth, financiaram o projeto, que se torna um símbolo internacional da COP30. A Confederação das Partes (COP), constituída por 198 países do mundo, reúne-se anualmente desde 1995, sob o patrocínio das Nações Unidas, com o objetivo de discutir medidas para atenuar o aquecimento global. Este ano, a 30ª COP (COP30) será realizada de 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém (PA), porta de entrada para a Região Amazônica, cuja Floresta Tropical é um dos principais contribuintes terrestres para a captura e armazenamento de carbono no mundo, sendo por isso conhecida como “o pulmão do mundo”.
Nas duas próximas semanas, essa área será o palco onde líderes mundiais discutirão novos compromissos para reduzir emissões, ampliar investimentos ambientais para países em desenvolvimento e colocar a Amazônia no centro do debate global. O Mural de Sidmouth, portanto, não é apenas uma obra de arte, mas um lembrete visual para os líderes mundiais de que as decisões na COP30 ecoarão em comunidades como Sidmouth, onde artistas e cidadãos já sentem os efeitos da crise climática.



