

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) divulgou nota nesta quarta-feira, 05.11, comentando a decisão do Copom de manter a Selic em 15%. Para a Federação, a taxa de juros elevada reforça o anacronismo da política monetária brasileira”, na comparação com outros países, como Estados Unidos, que operam com uma gradual redução da taxa de juros. Confira o documento na íntegra: Selic a 15%: decisão descolada da realidade sufoca a indústria
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter, mais uma vez, a taxa Selic em 15,0% ao ano é equivocada. A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) discorda dessa escolha, que desconsidera sinais de desaceleração da economia, ignora o esforço fiscal do país e impõe uma barreira ao crescimento da economia brasileira — especialmente da indústria, já sufocada por custos crescentes e crédito escasso.
A comparação internacional reforça o anacronismo da política monetária brasileira. O Federal Reserve (EUA) reduziu os juros mais uma vez em 0,25 ponto percentual e opera com taxas entre 3,75% e 4,00%. O Banco Central Europeu manteve os juros em 2,15%. Enquanto isso, o Brasil segue preso a uma lógica ultrapassada, que mina a capacidade de reação da economia.
O quadro se agrava diante de um ambiente global adverso, com riscos geopolíticos e barreiras comerciais que atingem diretamente a indústria e as exportações, com impacto particular em estados industriais e exportadores como a Bahia. Nessas condições, o país precisa de estímulos à competitividade e ao investimento.
Manter a Selic em 15% não é apenas um erro: é uma decisão que penaliza o trabalho, sufoca o setor produtivo nacional. A FIEB alerta que essa taxa de juros representa um entrave ao desenvolvimento nacional e cobra do Banco Central uma mudança de rumo. É urgente iniciar um ciclo de cortes. O Brasil não pode mais esperar.