

Em um mês de dois opostos, o Ibovespa passou por uma correção na primeira metade de outubro, mas se recuperou e renovou sua máxima histórica posteriormente. Perspectiva de corte de juros, trade eleitoral e, principalmente, fatores externos, explicam o otimismo com as ações brasileiras recentemente. Para novembro, as ações mais recomendadas para aproveitar esse otimismo incluem papéis de empresas de setores cíclicos, como saúde e construção civil e defensivos – bancos e elétricas.
Todo mês, o InfoMoney compila as recomendações das carteiras das principais corretoras do País para mostrar as ações mais indicadas. Desta vez, houve empate quadruplo na liderança. Na comparação com a lista de outubro, houve a saída do BTG Pactual (BPAC11), mas as entradas de Eletrobras (ELET6) e Cyrela (CYRE3) deixaram o ranking de novembro ainda maior.
Itaú (ITUB4) – A Ágora Investimentos espera resultados “estáveis, porém positivos” do banco, com projeção de lucro de R$ 11,8 bilhões no terceiro trimestre. “As receitas com tarifas e seguros devem apresentar bom desempenho, mas podem ser parcialmente compensadas por maiores despesas operacionais, decorrentes do reajuste salarial negociado no acordo coletivo”, escrevem os analistas da casa.
Eletrobras (ELET6) – A companhia – que passa a se chamar Axia e terá seu ticker alterado para AXIA3 no próximo dia 10 – “colhe os frutos da melhor no mercado de energia e da resolução de entraves regulatórios e societários, como o acordo com a União e a venda da Eletronuclear”, destaca a Terra Investimentos. A ação “segue atrativa frente ao potencial de geração de caixa e aos preços firmes da energia no mercado livre”.
Vale (VALE3) – O Santander destaca o resultado do terceiro trimestre da mineradora, que teve lucro líquido de US$ 2,68 bilhões no período. O resultado “sólido e acima das expectativas” pode ser explicado pelos melhores preços do minério de ferro, volume “robusto” de venda de minério e cobre e custos e despesas menores, segundo o banco. “Acreditamos que, a partir de agora, o mercado estará mais atento aos fundamentos da companhia, e esperamos que o múltiplo da Vale se aproxime gradativamente da média de seus pares globais”, diz o Santander.
Rede D’Or (RDOR3) – “A empresa atingiu um estágio estável e equilibrado, gerando caixa, expandindo-se organicamente, mantendo-se bem-posicionada com o Bradesco para acelerar projetos de expansão, pagando dividendos e melhorando constantemente as margens hospitalares e a sinistralidade”, diz o BTG Pactual.
Petrobras (PETR4) – A Ágora reconhece riscos relacionados à volatilidade do petróleo e aceleração dos investimentos – que podem limitar a distribuição de dividendos, mas avalia que a expectativa por aumento de produção ao longo dos próximos anos e valuation “atrativo” ainda deixam a tese de investimento na Petrobras “interessante”.
Cyrela (CYRE3) – A XP aumentou o peso da construtora em sua carteira Top Ações considerando “resiliência operacional” da companhia, fechamento da curva longa de juros e “bom potencial da companhia em pagar dividendos em 2025”.
Direcional (DIRR3) – “Continuamos otimistas em relação às perspectivas para as construtoras de imóveis populares”, diz o BTG Pactual. A Direcional está bem posicionada para se beneficiar desse cenário macro favorável, “aproveitando sua forte equipe de engenharia e o controle rigoroso das operações para se expandir”, segundo o banco. “Também acreditamos que a empresa está pronta para apresentar resultados sólidos no segundo semestre de 2025 e pode surpreender os investidores em termos de crescimento”, completam os analistas.
Fontes: Ativa Investimentos, Ágora, BB Investimentos, BTG Pactual, Empiricus, Genial, Santander, Terra Investimentos, XP Investimentos e Economatica
(Foto: Divulgação/Rede D’Or)