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PSORÍASE: DOENÇA DE PELE NÃO É CONTAGIOSA E TEM TRATAMENTO EFICAZ, AFIRMA DERMATOLOGISTA

João Paulo - 28/10/2025 13:34

Lesões avermelhadas e com descamação esbranquiçada, geralmente no couro cabeludo, unhas, cotovelos e joelhos, são sinais clássicos da psoríase, uma doença inflamatória, autoimune, crônica e não contagiosa, que afeta cerca de cinco milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Apesar de não ter cura, a psoríase é tratável e pode ser controlada com acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida.

Em alusão ao Dia Nacional de Conscientização da Psoríase, comemorado em 29 de outubro, a dermatologista Alice Magalhães, da clínica Novaimuno, que integra o Grupo CITA, reforça a importância de combater o estigma que ainda cerca a doença. “Muitas pessoas acreditam, de forma equivocada, que a psoríase é contagiosa, o que acaba gerando exclusão e preconceito. É fundamental esclarecer que não há risco de transmissão por contato físico”, destaca a médica.

A especialista explica que a causa da psoríase envolve uma combinação de fatores genéticos e ambientais. “Estresse emocional, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, infecções, traumas na pele e até alguns medicamentos podem funcionar como gatilhos para o surgimento ou agravamento das lesões”, diz Alice Magalhães.

Mais do que um problema de pele, a psoríase pode afetar outras partes do corpo. Um dos possíveis desdobramentos da doença é a artrite psoriásica, uma inflamação nas articulações que provoca dor, rigidez e inchaço, principalmente nos dedos das mãos, pés, joelhos e coluna. “Pacientes com psoríase em áreas como couro cabeludo, unhas e região perianal têm maior predisposição a desenvolver a artrite psoriásica. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações”, alerta a dermatologista.

Tratamento

O tratamento da psoríase varia conforme a gravidade do quadro, podendo incluir o uso de medicamentos tópicos, comprimidos ou injeções. “Hoje contamos com os imunobiológicos, uma alternativa eficaz para casos moderados a graves. São medicamentos de alta precisão que atuam diretamente nas vias inflamatórias do organismo, promovendo o controle da doença e melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes”, explica Alice Magalhães.

Além do tratamento medicamentoso, a médica reforça a importância de hábitos saudáveis. “Praticar atividade física, manter uma alimentação equilibrada, evitar o cigarro e cuidar da saúde mental são atitudes que ajudam no controle da psoríase e na prevenção de crises”, finaliza Alice Magalhães.

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