quinta, 16 de outubro de 2025
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MORAES MANDA DEFENSORIA ASSUMIR DEFESA DE EDUARDO POR COAÇÃO NO PROCESSO DA TRAMA GOLPISTA

VICTOR OLIVEIRA - 16/10/2025 17:07

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Defensoria Pública assuma a defesa do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na denúncia por “coação” no processo da trama golpista.

Em despacho nesta quinta-feira, 16, o ministro mandou notificar o órgão para designar um defensor público para atuar no caso. A decisão foi tomada porque o deputado não constituiu advogado no processo.

O oficial de Justiça sequer conseguiu notificar Eduardo. O deputado está há sete meses nos Estados Unidos, mas tem endereços no Brasil. Por isso, Moraes autorizou a notificação por edital, a partir da publicação da intimação no Diário Oficial e em jornais de grande circulação.

O edital foi publicado no dia 30 de setembro. O deputado tinha 15 dias para apresentar sua defesa. O prazo terminou nesta quarta-feira, 15, por isso Moraes mandou o processo seguir com a Defensoria Pública.

O blogueiro Paulo Figueiredo Filho, que também foi denunciado, mas vive nos Estados Unidos, será intimado por carta rogatória. Nesse caso, a notificação depende da cooperação de autoridades americanas, o que torna o processo mais demorado. Por isso, Moraes decidiu desmembrar a ação. As denúncias serão processadas separadamente.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Eduardo e Paulo Figueiredo pela articulação nos Estados Unidos de sanções contra o STF. Segundo o procurador-geral da República Paulo Gonet a campanha teve como objetivo pressionar os ministros a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para o procurador-geral, ficou comprovado que Eduardo e Paulo Figueiredo se valeram de contatos no governo Donald Trump para “constranger a atuação jurisdicional” do Supremo Tribunal Federal.

Em nota conjunta, Eduardo e Paulo Figueiredo disseram ser alvo de “perseguição política”, atribuíram a denúncia a “lacaios” do ministro Alexandre de Moraes e disseram que vão continuar a campanha nos Estados Unidos.

Fonte: Estadão Conteúdo

Fotos: Pedro França/Agência Senado e Antônio Augusto/STF

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