O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que o terreno do antigo Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, não será destinado à construção de um arranha-céu. A declaração foi dada durante entrevista a Rádio Baiana FM, nesta terça-feira (14).
“Rui conseguiu autorização na Assembleia e nós condicionamos ali. Foi um acordo, inclusive, que nós venderíamos. Eu estou com a trava de mão puxada. Vou abrir o jogo. É para que o Odorico não seja utilizado para um arranha-céu naquela região ali. Então, a ideia é a gente condicionar para que aquele espaço ali seja um ambiente onde se possa cultivar a educação”, afirmou o governador.
Um leilão do imóvel chegou a ser anunciado em julho, mas foi suspenso. O governo, por meio da Secretaria de Administração (Saeb), faz ajustes para retomar o processo. Avaliado em cerca de R$ 50 milhões, o terreno deve ter sua venda condicionada a investimentos na área da educação.
Fundado em 1994, o colégio foi fechado em 2020, decisão que gerou protestos estudantis. Jerônimo justificou o fechamento como parte de um reordenamento da rede estadual, e não por interesse imobiliário.
“Nós tínhamos ali no centro da cidade cinco ou seis escolas […] e depois construímos nos bairros, como São Caetano e Paripe. Não tem necessidade de vir de lá, porque antigamente […] as pessoas vinham de lá para estudar no centro”, explicou o governador.
Segundo ele, a venda será autorizada apenas se o destino do espaço estiver vinculado à educação, como a construção de uma nova unidade escolar ou centro de formação.
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