O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou na noite desta quarta-feira, 8, sua saída do União Brasil. Segundo Sabino, tornou-se “insuportável” permanecer no partido, embora tenha destacado as alianças que construiu durante o período em que integrou a legenda.
Sabino foi suspenso das atividades partidárias, após descumprir a determinação do União Brasil de deixar o governo Lula. O ministro foi afastado da presidência do diretório do partido no Pará e um processo de expulsão foi aberto contra ele.
“A gente tem uma grande liderança no Estado (Pará) por esse partido e em nível nacional também, nós temos muitos amigos, mas eu acredito que ficou realmente insustentável a minha permanência nesse partido”, declarou Sabino, a CNN Brasil.
O ministro também afirmou que não fez nada que justificasse sua expulsão da sigla. “Eu não devo nada, não fiz nada para merecer essa expulsão. Mas acredito que minha passagem política pelo União Brasil já deu o que tinha que dar”, completou.
Ainda nesta quarta-feira, Sabino teve um embate com governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). O governador afirmou que “não se pode servir a dois senhores”, ao se referir à situação do ministro.
“Não se pode servir a dois senhores: ser soldado do Lula e, ao mesmo tempo, representar um partido que já declarou oposição ao governo”, disse Caiado, pré-candidato à Presidência.
Sabino rebateu: “Quando ele atingir 1,5% nas pesquisas (para as eleições presidenciais de 2026), eu respondo”. A frase remete a uma provocação usada pelo próprio Lula contra Caiado durante um debate presidencial em 1989.
Fonte: Estadão Conteúdo
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