Entre 2023 e 2024, o valor da produção agrícola baiana registrou crescimento nominal, passando de R$ 43,7 bilhões para R$ 47,3 bilhões (mais R$ 3,7 bilhões ou +8,4%), chegando ao recorde para os últimos 30 anos, no período pós-Plano Real. O estado voltou a apresentar alta, após ter tido queda no valor entre 2022 e 2023.
Nacionalmente, porém, ocorreu o inverso. Em 2024, o Brasil registrou queda no valor de produção agrícola pelo segundo ano seguido, passando de R$ 815,0 bilhões para R$ 783,2 bilhões (menos R$ 31,8 bilhões ou -3,9%). Houve recuos em 9 dos 27 estados.
A queda nacional do valor de produção agrícola foi reflexo da redução de 7,5% na produção de grãos e da diminuição dos preços de culturas de maior relevância, como milho e soja.
O crescimento absoluto do valor gerado pela agricultura na Bahia, frente a 2023, foi o 6º maior do país. Rio Grande do Sul (mais R$ 13,2 bilhões), Espírito Santo (mais R$ 8,6 bilhões) e Pará (mais R$ 7,4 bilhões) tiveram os maiores aumentos. Por outro lado, Mato Grosso (menos R$ 32,7 bilhões), Paraná (menos R$ 18,4 bilhões) e Mato Grosso do Sul (menos R$ 15,8 bilhões) tiveram as maiores quedas, entre 2023 e 2024.
Nesse período, a Bahia passou do 8º para o 7º maior valor agrícola do país, ultrapassando o Mato Grosso do Sul. A participação do estado no total nacional cresceu de 5,4%, em 2023, para 6,0% em 2024.
Mato Grosso (R$ 120,8 bilhões, 15,4% do total) continuou o líder no ranking estadual do valor gerado pela agricultura, em 2024. Entre 2023 e 2024, São Paulo se manteve na 2ª posição (R$ 118,0 bilhões, 15,1% do total), e Minas Gerais passou da 4ª para a 3ª posição (R$ 86,6 bilhões, 11,1%), superando o Paraná.
A pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM), do IBGE, investiga 64 produtos em todos os municípios do país. Desses, 46 são cultivados na Bahia, 31 dos quais (67,4%) viram seu valor crescer entre 2023 e 2024.
Os maiores aumentos no valor de produção, em termos absolutos, vieram do cacau (mais R$ 4,2 bilhões), do café canephora (mais R$ 805,8 milhões) e da uva (mais R$ 635,8 milhões).
Já, dentre os 15 produtos com quedas no valor, os recuos mais expressivos vieram da soja (menos R$ 2,6 bilhões), do algodão herbáceo (menos R$ 870,1 milhões) e do milho (menos R$ 580,8 milhões).
Foto: Divulgação / Aprochama