O bitcoin operou em alta na sessão desta quarta-feira, 3, prosseguindo com uma recuperação em setembro após forte queda no final de agosto. No radar dos investidores segue a política macroeconômica, especialmente com a possibilidade de o cenário atual levar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a cortar juros. Além disso, a postura regulatória para os criptoativos segue observada
Por volta das 16h00 (de Brasília), o bitcoin operava em alta de 1,16%, a US$ 111.920,34, e o ethereum avançava 3,92%, a US$ 4.463,04, segundo cotações da Binance.
O recente impulso das criptomoedas pode gerar uma “corrida empolgante” no quarto trimestre, tradicionalmente forte para estes ativos, de acordo com Joel Kruger, estrategista do LMAX Group. “Com o Ether abrindo novos caminhos e o bitcoin se estabilizando perto de níveis-chave, ambos estão bem posicionados para desafiar novos recordes antes do final do ano.” O relatório de empregos de sexta-feira nos Estados Unidos pode impulsionar os ativos digitais, especialmente se fortalecer a justificativa para mais cortes nas taxas de juros do Fed neste ano.
Outro IPO de criptomoedas pode ser outro catalisador no horizonte. A empresa de blockchain Figure Technologies busca uma avaliação de até US$ 4,13 bilhões por meio de seu IPO, de acordo com um documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (SEC) ontem. Isso segue as estreias bem-sucedidas da empresa de stablecoins Circle Internet Group e da Bullish, proprietária da CoinDesk, no início deste ano.
A equipe da SEC e da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) emitiu ontem uma declaração conjunta sobre a negociação de certos produtos de criptoativos, esclarecendo que as bolsas registradas na SEC e na CFTC não estão proibidas de facilitar a negociação de certos produtos de commodities à vista.
Já a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) propôs transferir a supervisão das criptomoedas para a Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio (FIEA). Atualmente, os criptoativos são regulamentados pela Lei de Serviços de Pagamento. A medida classificaria as criptomoedas junto com os valores mobiliários, impondo regras mais rígidas aos emissores e às bolsas. A FSA afirma que uma regulamentação mais rigorosa impediria más condutas e aumentaria a transparência para os investidores.
Fonte: Estadão Conteúdo
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