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53% DAS EMPRESAS ADMITEM TER FEITO CONTRATAÇÕES ERRADAS NO ÚLTIMO ANO

João Paulo - 01/09/2025 10:59 - Atualizado 01/09/2025

Com a maior rotatividade do mundo, o mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta dificuldades para realizar contratações mais assertivas. Atualmente, 53% dos líderes admitem ter feito ao menos uma contratação equivocada no ano passado.

É o que revela um levantamento inédito produzido pela Sólides, que buscou entender o panorama atual da gestão de pessoas no Brasil.

Nesse contexto, a pesquisa também destaca o crescimento da inteligência comportamental no ambiente corporativo como uma forma eficaz de avaliar habilidades socioemocionais na hora de contratar.

Comportamento é principal causa de contratações equivocadas

A pesquisa da Sólides que aborda inteligência comportamental, mostrou que 61% dos erros nas contratações no Brasil estão ligados a comportamentos inadequados dos profissionais. Já 39% dos casos são atribuídos à falta de compatibilidade das habilidades técnicas com a função.

Segundo especialistas, mesmo quando o conhecimento técnico está alinhado, as competências comportamentais, conhecidas como soft skills, podem não corresponder às expectativas da empresa.

Como a maioria dos executivos admite ter realizado contratações erradas no último ano, o cenário indica que o desafio de acertar na escolha do candidato ainda persiste.

Inteligência comportamental ganha espaço no mercado

A inteligência comportamental tem se destacado nas empresas, apresentando retornos de até 1200% no ROI organizacional, segundo análise da Sólides. De modo geral, investir nessa estratégia contribui para a redução de custos e o aumento da produtividade.

Comportamentos inadequados geram conflitos e baixa produtividade, resultando em prejuízos financeiros para as empresas. Além disso, criam um ambiente tóxico, que afeta o clima e a motivação das equipes.

Para especialistas, ao aplicar a inteligência comportamental, as empresas conseguem identificar características essenciais para cada cargo e o potencial de cada colaborador para determinada função, evitando contratações que não se encaixam no perfil cultural e funcional.

Por isso, processos seletivos que incluem avaliações comportamentais e entrevistas focadas em soft skills são vistos como mais eficazes para garantir uma contratação correta. Ferramentas de mapeamento também aumentam as chances de sucesso nas decisões.

Estratégia passa a ser prioridade nas empresas

O cenário atual mostra que a inteligência comportamental deve se tornar prioridade nos processos seletivos. Segundo a pesquisa da Sólides, 70% dos líderes já dão preferência a esse aspecto em vez de focar apenas nas habilidades técnicas.

Existem diversas áreas em que é possível investir essas técnicas, tais como:

  • Engenharia de cargos: a inteligência comportamental ajuda a definir o perfil ideal para cada função, alinhando habilidades técnicas e comportamentais.
  • Recrutamento e seleção: permite avaliar candidatos além do currículo, identificando o fit cultural e as soft skills necessárias.
  • Motivação e engajamento: auxilia a entender o que realmente motiva cada colaborador, personalizando estratégias de engajamento.
  • Treinamento e desenvolvimento: orienta programas focados nas necessidades reais, tornando os treinamentos mais eficazes e econômicos.
  • Gestão de crise: apoia a comunicação e decisões personalizadas em momentos difíceis, como demissões e remanejamentos.
  • Retenção de talentos: contribui para identificar e manter profissionais, reduzindo a rotatividade e fortalecendo o time.

Nas empresas, investir nessas estratégias tende a trazer mais eficiência aos processos seletivos, permitindo a contratação de profissionais alinhados à cultura organizacional.

 

Foto: Reprodução/Freepik

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