O teleférico do Subúrbio de Salvador é uma das principais apostas da prefeitura para melhorar o transporte na capital. Com obras previstas para iniciarem no primeiro semestre de 2026, o modal complementar promete reduzir em mais de 1h o tempo de descolamento dos moradores da região. A informação é da presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield. Hoje, quem mora nos bairros mais altos do Subúrbio, a exemplo do Alto da Teezinha e de Plataforma, gasta entre 1h e 1h30 para chegar à estação de metrô de Águas Claras. Com o teleférico, esse tempo será reduzido para 18 minutos.
“É uma economia de tempo que o passageiro vai ter. Quem mora no Subúrbio e quer vir ao Centro da cidade. Hoje, ele faz um retorno grande pela BA-528, que é uma via de tráfego intenso”, diz Tânia. O teleférico do Subúrbio é um modal complementar que ligará Praia Grande ao bairro de Campinas de Pirajá em um trajeto de 4,3 quilômetros, com quatro estações. O projeto deve ser implementado em três anos.
A FMLF, órgão municipal responsável pela coordenação e elaboração de planos urbanísticos e projetos urbanístico e arquitetônicos dos principais espaços e equipamentos públicos da capital baiana, é responsável por elaborar o projeto do teleférico. O material deve ser entregue à Superintendência de Obras Públicas (Sucop) no final deste mês.
As quatro estações serão instaladas em Campinas de Pirajá (ao lado da estação do metrô), no centro de Pirajá, no Rio Sena (dentro do Projeto Mané Dendê) e em Praia Grande. No total, serão 27 torres. Em alguns pontos, a altura do equipamento chegará a 45 metros. Ele deve funcionar de domingo a domingo, com a tarifa incluída no modelo de integração atual.
A obra é complexa e exige um planejamento para além da construção civil. “Nós temos que fazer um trabalho grande na área social, entendendo que a população de Salvador que vai ser beneficiada com o teleférico não conhece o equipamento. A gente precisa fazer essa comunicação, fazer reuniões com as comunidades que serão diretamente beneficiadas”, diz Tânia. De acordo com a presidente da fundação, os estudos complementares devem ser finalizados em dois meses.
As cabines serão projetadas para uma média de 10 passageiros. Ainda não há informações sobre quantas unidades farão parte do projeto. As informações mais precisas só serão divulgadas a partir da licitação. No entanto, há uma estimativa de que o teleférico transporte cerca de quatro mil pessoas por hora nos dois sentidos.(Correio)
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