A Braskem planeja manter e modernizar suas duas centrais petroquímicas no Polo Industrial de Camaçari e avalia implantar no estado um projeto verde semelhante ao que já opera no Rio Grande do Sul, produzindo eteno a partir do etanol de cana-de-açúcar.
Segundo o presidente da companhia, Roberto Ramos, a Bahia segue como prioridade, mesmo diante do cenário mais difícil da história do setor petroquímico mundial. A empresa também estuda o uso de matérias-primas como milho e agave, este último pesquisado no interior do estado pelo projeto Brave, da Shell, Unicamp e Senai Cimatec.
Ramos explicou que a planta 1, mais antiga, pode receber adaptações para uso de gás, que já compõe 10% da mistura, enquanto a planta 2 deve elevar esse percentual para 30%. A estratégia de investimentos depende de medidas de competitividade internacional, como o programa Presiq, que prevê incentivos e estímulo à produção de baixo carbono.
O executivo afirmou que possíveis mudanças acionárias, como a venda da participação da Novonor para o empresário Nelson Tanure, não devem afetar os planos. “No futuro, a produção da Braskem será verde. Seja no etanol de cana, como de milho, mas também, no caso da Bahia, com o etanol de agave”, disse.
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