Mais do que um exercício de escrita, a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode definir quem conquista uma vaga e quem fica fora da universidade. Ela avalia não apenas o domínio da escrita, mas também a capacidade de formular soluções, defender pontos de vista e respeitar os direitos humanos — tudo em no máximo 30 linhas. Em uma disputa acirrada, cada ponto conta, e o bom desempenho no texto dissertativo-argumentativo faz total diferença. De acordo com Irlaine Helal, coordenadora do curso de Pedagogia da Faculdade Anhanguera, muitos estudantes ainda cometem erros básicos que comprometem toda a nota da redação. “É fundamental entender que a escrita no Enem não avalia apenas criatividade, mas, sim, técnica, argumentação e domínio da norma culta”, afirma.
Não compreender a proposta de redação ou escrever sobre outro assunto é um dos erros mais graves. O ideal é ler os textos motivadores com atenção e identificar claramente o problema a ser discutido.
No Enem, é obrigatório sugerir uma solução para o problema abordado no texto. “A proposta precisa ser clara, viável e respeitar os direitos humanos”, explica Irlaine Helal.
Dominar a norma culta da língua portuguesa é essencial . Por isso, revise sempre o texto antes de entregar e evite abreviações ou linguagem informal.
Muitos candidatos pecam ao organizar os parágrafos de maneira solta, sem lógica ou sequência. Essa falta de ligação compromete o entendimento da proposta e prejudica a avaliação final. “Cada parágrafo precisa ter uma função no texto e todos devem estar ligados entre si. Isso garante coesão e coerência”, destaca Irlaine Helal.
Os trechos motivadores devem apenas servir como referência. Copiar parte deles pode anular a prova ou tirar pontos importantes.
A redação do Enem deve ter entre 7 e 30 linhas. Textos muito curtos ou que ultrapassem o espaço disponível podem ser desconsiderados.
É importante praticar a escrita da redação do Enem. “O treino constante ajuda o estudante a entender a estrutura ideal da redação e a corrigir seus próprios erros com o tempo. A prática é indispensável”, orienta a docente.
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