quinta, 17 de julho de 2025
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INDÚSTRIA BAIANA RECUA 7,7% EM MAIO, MAS MANTÉM CRESCIMENTO NO ACUMULADO DO ANO

Victoria Isabel - 17/07/2025 17:00

A produção industrial baiana registrou queda de 7,7% em maio de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), divulgada pelo IBGE e analisada pelo Observatório da Indústria da Bahia, da FIEB. Apesar do desempenho negativo no mês, o setor ainda acumula alta de 1,3% no ano, acompanhando a tendência de leve recuperação da indústria nacional, que subiu 1,6% no mesmo período.

Entre os segmentos que influenciaram a queda mensal, destacam-se produtos químicos (-14,7%), borracha e plástico (-16%), celulose e papel (-13,5%), couro e calçados (-11,5%) e alimentos (-5%). O setor de refino de petróleo e biocombustíveis, que tem peso significativo na estrutura industrial baiana, também recuou 7,7% em maio.

Por outro lado, máquinas e materiais elétricos registraram expressivo crescimento de 43,3%, seguidos por minerais não metálicos (3,9%) e metalurgia (3,8%), sinalizando que há nichos industriais com desempenho positivo, mesmo em um cenário de retração pontual.

“Os números de maio refletem um momento de oscilação em segmentos estratégicos da indústria baiana, como o setor químico e o de derivados de petróleo. Ainda assim, o saldo do ano é positivo, o que demonstra resiliência e potencial de retomada”, avalia Ricardo Kawabe, gerente do Observatório da Indústria da FIEB.

No acumulado de janeiro a maio de 2025, os destaques positivos ficam por conta do crescimento em máquinas e materiais elétricos (32,7%), minerais não metálicos (9,7%), refino de petróleo e biocombustíveis (7,5%) e metalurgia (3%).

Para a FIEB, os dados reforçam a importância de ações que promovam o fortalecimento da diversificação produtiva, o investimento em inovação, e a redução dos custos estruturais que afetam a competitividade industrial no estado.

“A Bahia tem uma base industrial diversificada e com enorme potencial, mas ainda enfrenta desafios históricos de infraestrutura, carga tributária e mão de obra qualificada. Por isso, é essencial manter uma agenda consistente de apoio à indústria e melhoria do ambiente de negócios, estimulando a produtividade e a inovação tecnológica”, ressalta Kawabe, do Observatório da Indústria.

Foto: Divulgação Sistema FIEB

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