Estão abertas, até o dia 20 de julho, as inscrições para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Com 3.652 vagas distribuídas em 32 órgãos e entidades da administração pública federal, o certame contempla todas as regiões do país. Somente no Nordeste, são ofertadas 171 vagas para atuação em áreas como saúde, educação, pesquisa, engenharia, regulação e tecnologia, com oportunidades em capitais e cidades do interior.
Coordenado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o CPNU 2 organiza os cargos em nove blocos temáticos. Todas as oportunidades são destinadas a candidatos com nível superior e oferecem remuneração inicial que pode ultrapassar R$ 13 mil, a depender do cargo e do órgão contratante.
Na Região Nordeste, as vagas estão distribuídas entre órgãos como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Comando da Marinha, Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Agência Nacional de Mineração (ANM), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e diversos ministérios. Há oportunidades nas áreas de Serviço Social, Psicologia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Engenharias, Agronomia, Tecnologias de Informação e Regulação, entre outras.
Além das 171 vagas para a Região Nordeste, o CPNU 2 contempla também cargos de atuação nacional, cuja lotação poderá ocorrer em diferentes unidades da federação, conforme a necessidade dos órgãos públicos após a homologação do concurso. Isso significa que órgãos de atuação nacional, como o INSS, o Ministério da Defesa e a Agência Nacional de Mineração, que possuem unidades descentralizadas em praticamente todos os estados, poderão alocar parte de seus servidores aprovados no concurso em postos localizados na região Nordeste, mesmo que essas vagas específicas não estejam detalhadas no edital inicial por estado. A definição final dependerá das demandas operacionais de cada órgão após a homologação do concurso.
Confira abaixo a relação de vagas ofertadas na região Nordeste:
Uma das inovações do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) é a adoção de medida para promover a equiparação de gênero na segunda etapa do certame, correspondente à prova discursiva. O objetivo é corrigir distorções observadas na edição anterior, em que mulheres foram maioria entre os inscritos (56%) e presentes na aplicação da prova (54%), mas representaram apenas 37% dos aprovados finais.
A iniciativa não configura reserva de vagas, mas assegura que o número de mulheres convocadas para a etapa discursiva seja, no mínimo, equivalente ao de homens, desde que cumpram a nota mínima exigida. A medida preserva os critérios de mérito e não interfere no resultado final da seleção.
O CPNU 2 também amplia o alcance das cotas raciais e sociais. Pela primeira vez, haverá reserva de vagas para indígenas (3%) e quilombolas (2%), conforme estabelecido pela nova Lei de Cotas. O percentual destinado a pessoas negras foi ampliado para 25%, e permanece a cota de 5% para pessoas com deficiência. Ao todo, as ações afirmativas somam 35% das vagas ofertadas.
Para garantir a aplicação das cotas mesmo em cargos com número reduzido de vagas, foi realizado um sorteio público prévio. Pela legislação, a reserva só se aplica automaticamente quando há pelo menos duas vagas (no caso de cotas raciais) ou cinco (para pessoas com deficiência). Com o sorteio, o CPNU 2 assegura a inclusão em todos os blocos temáticos, mesmo onde não haveria obrigatoriedade legal.
Para garantir segurança e autenticidade das informações, o MGI reforça que todo o processo de inscrição deve ser feito exclusivamente pela página de inscrições da FGV. Qualquer outro canal é considerado não oficial. As informações completas e o link de acesso às inscrições estão disponíveis na página oficial do CPNU: Link.
Cronograma – CPNU 2:
Confira a distribuição das vagas por bloco temático, vagas e salários: Link
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