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TRÊS NOMES QUE FIZERAM HISTÓRIA – SÉRGIO FARIA

Redação - 04/07/2025 07:51 - Atualizado 04/07/2025

 

“Honra teu pai e tua mãe para que se prolonguem os

teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”

Êxodo, 20:12 (Bíblia)

 

A Bahia, com a graça do Senhor do Bonfim, tem sido um celeiro de grandes nomes que se projetam no cenário nacional e muito contribuem para o engrandecimento do Estado e do País.

Cabe destacar três membros de uma mesma família que honraram a tradição baiana e, com sólida formação intelectual, alcançaram brilho e relevância nos meios científico, político e cultural ao longo do período compreendido entre a Velha República e as duas primeiras décadas do século atual.

João Pedro Santos (1871-1946), jurista de renome, um dos últimos baianos ainda formados na tradicional Faculdade de Direito do Recife, foi secretário de polícia do governo Severino Vieira, secretário de fazenda do governo José Marcelino, deputado federal, secretário de interior e justiça do interventor Juracy Magalhães, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e provedor da Santa Casa de Misericórdia da Bahia.

Do casamento de João Pedro com Amélia Rego Santos nasceriam cinco filhos, dentre os quais Edgard Rego Santos (1894-1962), sem dúvida alguma uma das dez mais influentes personalidades na Bahia do século XX.

Médico, professor catedrático e diretor da Faculdade de Medicina da Bahia, idealizador, organizador e primeiro reitor da Universidade da Bahia, depois transformada em Universidade Federal da Bahia, nossa Alma Mater.

No seu extenso reitorado (1946-1961) pôde realizar profundas transformações na sociedade baiana, incentivador maior da ciência e das artes. Foi ainda ministro da educação e da saúde do governo Getúlio Vargas e presidente do Conselho Federal de Educação.

Por sua vez, impressiona a todos os pontos de convergência nas trajetórias de Edgard Rego Santos e Roberto Figueira Santos, pai e filho, o que, inclusive, foi detalhado por este último no livro: Vidas Paralelas (1993).

Assim como Edgard, Roberto (1926-2021) foi médico, professor catedrático da Faculdade de Medicina, reitor da UFBA, presidente do Conselho Federal de  Educação, membro da Academia de Letras da Bahia e ministro na área social (ministro da saúde no governo José Sarney).

Governador da Bahia (1975-1979), Roberto Santos realizou uma gestão dinâmica e frutífera, marcada pela seriedade, competência e probidade administrativa. Foi ainda deputado federal e teve atuação marcante em diversas agremiações vinculadas à ciência e à cultura.

Fiel à tradição de gratidão aos que por ela realizaram em vida, a Bahia certamente não se esquecerá desse filho ilustre por ocasião do seu centenário que ocorrerá no próximo ano, prestando-lhe justa e merecida homenagem, sendo esperada a participação direta de muitas dentre as mais importantes instituições culturais do Estado, como a Universidade Federal da Bahia, a Academia de Letras da Bahia, a Academia de Ciências da Bahia, a Academia de Medicina da Bahia, a Academia de Educação da Bahia e o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

 

Sérgio Faria, engenheiro e escritor, presidente da ALAS – Academia de Letras e Artes do Salvador

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