Montadora diz que parte das informações divulgadas sobre trabalhadores em situação análoga à escravidão na obra “não é verdade”
Diante dos problemas enfrentados com empreiteiras chinesas, que resultaram em ação do Ministério Público do Trabalho da Bahia, a BYD decidiu contratar uma construtora brasileira para terminar as obras da fábrica em Camaçari (BA). O nome da nova empresa ainda não foi divulgado. Será revelado em breve, segundo a direção da BYD. A empresa também promete começar a produção de veículos nas próximas semanas.
Os planos de construção são ousados. Apenas o primeiro galpão, praticamente já concluído, ocupa área de 154 mil metros quadrados. Tamanho pouco menor do que toda a área ocupada pela antiga fábrica da Ford que havia no local. A vice-presidente global da BYD, Stella Li, diz que muita coisa do que foi divulgado sobre trabalhadores (das empreiteiras) em situação análoga à de escravidão “não é verdade”.
A executiva afirma que interessa aos concorrentes que as obras da fábrica, iniciadas há 15 meses, atrasem. Li disse, ainda, que conta que o governo atenda ao pleito da BYD para reduzir o Imposto de Importação de carros semidesmontados. A cerimônia de abertura da nova instalação ocorreu no mesmo dia em que as alíquotas do Imposto de Importação subiram de 18% para 25% para carros totalmente elétricos e de 20% para 28% no caso dos híbridos “plug-in”. Para carros semidesmontados, vale a mesma regra.
Mas a BYD pediu a redução do tributo para 10% durante os 12 meses a que tem direito de trazer veículos semidesmontados para acabamento na Bahia. Após esse período, a montadora chinesa tem que seguir um cronograma de nacionalização. Ao ser questionada sobre a redução do imposto ser uma condição para a empresa iniciar a produção, Li disse: “sem isso não faz sentido construir a fábrica”. Para ela, o pedido deve ser aprovado “porque isso traz empregos”. Com informações do valo Econômico.