terça, 01 de julho de 2025
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ACM NETO QUESTIONA USO DE R$ 18 BILHÕES EM EMPRÉSTIMOS CONTRATADOS PELO GOVERNO DA BAHIA

Bruna Carvalho - 01/07/2025 12:00

O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, criticou nesta terça-feira (1º) os empréstimos contratados pela gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Em vídeo divulgado nas redes sociais, Neto afirmou que a Bahia já acumula cerca de R$ 18 bilhões em contratos desse tipo desde o início do atual governo, mas que problemas básicos seguem sem solução.

“O que é que daria pra fazer com 18 bilhões de reais? Daria pra construir duas pontes Salvador-Itaparica. Quase 250 hospitais municipais por toda a Bahia ou mais de 100 mil viaturas policiais blindadas. Dava para colocar escola de tempo integral em todo canto. E o povo continua esperando o básico”, declarou.

O ex-prefeito também rebateu a propaganda institucional do governo estadual, que destaca investimentos em áreas como segurança, saúde e infraestrutura. Para ele, os dados apontam outra realidade.

“A Bahia segue como o estado mais violento do Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Temos uma das piores coberturas de atenção básica em saúde do Nordeste. O estado está entre os piores do país em mortalidade infantil. A fila por cirurgias e exames só aumenta, e a população sofre nos postos de saúde”, afirmou.

Neto ainda questionou a destinação dos recursos obtidos por meio de empréstimos. “Estamos falando de bilhões de reais, que o povo vai pagar com juros, enquanto falta remédio nos hospitais, falta segurança nas ruas e sobra propaganda no horário eleitoral. O problema não é falta de recurso. É falta de gestão, de prioridade e de compromisso com a verdade”, completou.

Desde 2023, a Assembleia Legislativa da Bahia autorizou a contratação de R$ 18,2 bilhões em empréstimos. Apenas em 2024, os contratos já superam R$ 9,4 bilhões, com recursos provenientes de instituições como Banco do Brasil, Caixa, BNDES, BID e Banco Mundial. Os valores são destinados a áreas como mobilidade urbana, saúde, segurança, infraestrutura, saneamento e pagamento de precatórios.

Apesar dos altos montantes, o estado não dispõe de mecanismos que permitam à população acompanhar, em tempo real, a aplicação dos recursos. “A Bahia precisa de um governo que saiba fazer mais com menos, não menos com tanto”, finalizou ACM Neto.

Foto: Brenno Carvalho

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