Junho chegou e, com ele, a pergunta inevitável: como andam as metas que você traçou para 2025? Muita gente começa o ano com promessas e objetivos ambiciosos, principalmente quando o assunto é finanças — quitar dívidas, reduzir despesas, investir, fazer aquela viagem dos sonhos. No entanto, a organização financeira nem sempre acompanha esse planejamento. Neste momento estratégico do ano, especialistas reforçam: ainda dá tempo de ajustar a rota e terminar o ano com as metas batidas.
Segundo uma pesquisa realizada pela Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), em parceria com o Datafolha, 76% dos brasileiros afirmam ter alguma meta de planejamento financeiro, principalmente a curto (12 meses) e médio prazo (pelos próximos 5 anos), e adotam algumas estratégias para atingir esse objetivo, como poupar ou guardar dinheiro (30%), trabalhar (30%), investir (22%) e cortar custos (18%).
Mas quando o planejamento não é bem estruturado e adaptado a situações de risco, alguns fatores pessoais, profissionais e até macroeconômicos podem comprometer o alcance desses objetivos ao longo do tempo, como uma despesa emergencial, a perda de parte da renda ou até mesmo o aumento do custo de vida. Por isso, é sempre importante acompanhá-lo e, se necessário, realizar algumas adaptações.
Para Larissa Falcão, líder regional da XP no Norte e Nordeste, revisar o planejamento é parte essencial do processo de organização financeira – e isso vale para todos: para quem se distanciou do objetivo e àqueles que conseguiram manter a estratégia. “Agora é o momento ideal para fazer essa reflexão, pois estamos no meio do caminho. Ao longo dos meses, surgem novos desafios e prioridades. Por isso, o planejamento precisa estar sempre à vista e ser ajustado com frequência. É ele que dará clareza sobre onde se está, para onde se quer ir e o que é preciso para chegar lá”, explica.
De acordo com a especialista, um bom planejamento financeiro é composto por cinco pilares fundamentais: identificar, planejar, controlar, investir e avaliar constantemente. “São essas etapas que permitem visualizar a situação atual, traçar metas realistas e manter o equilíbrio financeiro até o fim do ano”, afirma.
Para além das metas, Larissa reforça que é preciso manter uma relação consciente e saudável com o dinheiro e construir uma reserva financeira, seja para a conquista de um sonho ou para lidar com as situações adversas. “Precisamos nos preparar para o futuro, e investir é um caminho importante para essa construção. Diante do cenário de alta da taxa de juros, as opções de investimentos em renda fixa, sobretudo os que têm prazos de vencimento curto ou intermediário, são boas alternativas, pois oferecem rendimento atrativo, com estabilidade e segurança, mesmo em cenários de repique inflacionário. Entre os mais buscados, atualmente, estão os títulos pós-fixados e o Tesouro Selic. Mas, esse movimento pode gerar oportunidades também na renda variável, com a oferta de papéis com valores mais competitivos, pensando no longo prazo” recomenda a líder da XP, destacando que a diversificação de ativos é sempre indicada, pois ajuda a proteger o patrimônio diante das variações do mercado.