Fora da corrida por uma vaga na Câmara dos Deputados e diante de um cenário desfavorável, o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), confirmou que vai tentar permanecer no cargo em 2026. “Não existe plano B. Não existe posição alternativa. A minha condição é lutar pelo posto de vice-governador”, declarou à TV Band na quarta-feira (18).
A decisão está ligada à perda de apoio do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), e à baixa repercussão de sua candidatura a prefeito em 2024. Além disso, o distanciamento político impacta diretamente seu filho, o deputado estadual Matheus Ferreira (MDB), que enfrenta dificuldades para garantir a reeleição.
Segundo o site Política Livre, apesar da declaração de que a candidatura do filho está “chancelada”, Matheus perdeu seu principal reduto: Salvador. Em 2022, ele obteve 21.454 votos na capital, boa parte deles graças ao apoio de Muniz — apoio que hoje já não existe, e que sequer foi reconhecido publicamente por Ferreira.
Agora, Carlos Muniz articula a candidatura do próprio filho, Carlos Muniz Filho, para deputado federal, buscando apoio em outras regiões e abrindo espaço para aliados, como Emerson Penalva (PDT), em sua nova formação política.
Enquanto isso, Matheus Ferreira tenta compensar a perda da capital com articulações no interior, percorrendo municípios durante o São João com apoio logístico do governo estadual. Registros indicam o uso de helicópteros do Estado e viaturas da PM nas carreatas, sem manifestações do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ou do Ministério Público.
Do outro lado, Carlos Muniz e seu filho intensificam a articulação na Assembleia Legislativa, oferecendo apoio em Salvador em troca de bases no interior. Apesar da confiança expressa por Geraldo, o cenário para Matheus é incerto e com muitos obstáculos.
Foto: GOVBA
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