O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 19,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando 14,3% de toda a economia do estado no período. Essa participação é inferior à verificada no mesmo trimestre de 2024, quando era equivalente a 15,2% do PIB total baiano. Esse menor nível se deu pelo fato do conjunto da economia baiana ter experimentado crescimento de 3,2%, ao passo que o agronegócio cresceu 1,4%.
A estimativa do PIB do agronegócio baiano é feita a partir da análise e cálculo de quatro grandes agregados: agregado I (insumos agropecuários); agregado II (setor agropecuário, também conhecido como da “da porteira para dentro”); agregado III (indústrias de base agrícola – consomem produtos do agregado II) e agregado IV (distribuição e comercialização dos produtos do agronegócio – agregados II e III.
Apesar de ter registrado crescimento real de apenas 1,4%, quando analisamos o crescimento nominal, observa-se que houve expansão de 16,5% do agronegócio baiano na comparação com o primeiro trimestre de 2024. Esse crescimento foi favorecido pela elevação no nível de preços em todos os agregados, com destaque para a agropecuária (agregado II). Os preços dos produtos agropecuários (agregado II), registraram incremento de 20% no trimestre, comparando com o primeiro trimestre de 2024, com destaque para a soja, laranja, café, bovinos e lavoura permanente. Além da elevação nos preços da agropecuária, os insumos do setor primário (agregado I) subiram 11%, enquanto nos serviços (agregado IV), a variação de preços foi de 15%. Por sua a vez, a agroindústria (agregado III) registrou a menor variação de preço, fechando em 9% (neste agregado, os alimentos foram os que mais contribuíram com crescimento de 13%).
Conforme explicitado anteriormente, o PIB do agronegócio cresceu 1,4% em termos reais, onde o agregado II (setor agropecuário) se destacou com o maior nível de expansão (10,0%).
Por fim, cabe salientar que o primeiro trimestre, apesar da ocorrência de algumas importantes safras, não é o principal para o agronegócio baiano, haja vista que a maior parte da produção agropecuária baiana se desenvolve no segundo trimestre e isso caracteriza impactos positivos tanto no próprio segmento agropecuário (Agregado II) quanto nos demais segmentos, especialmente transporte e comercialização, que compõem o Agregado IV. Considerando essa especificidade, espera-se que no segundo trimestre se verifique um desempenho mais favorável para o segmento do agronegócio baiano com elevação da participação no PIB total da Bahia. Entretanto, é possível que o aumento de participação não seja tão significativo como nos anos anteriores em função dos movimentos descendentes nos preços da maior parte dos produtos agropecuários bem como do elevado nível de crescimento de outros segmentos da economia baiana que não estão associados diretamente ao agronegócio.
Confira boletim completo no site: https://www.ba.gov.br/sei/pib-do-agronegocio
Foto: Joá Souza/GOVBA