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BRASIL AVANÇA NO COMBATE AO TABAGISMO

João Paulo - 30/05/2025 10:44 - Atualizado 30/05/2025

No dia 31 de maio é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Fumo, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) voltada à conscientização dos perigos do tabagismo e à promoção de políticas públicas para sua prevenção e controle.

Nos últimos anos, o Brasil tem demonstrado avanços significativos no combate ao fumo. De acordo com os dados mais recentes do Vigitel 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), a proporção de adultos fumantes passou de 15,7% em 2006 para 9,3% em 2023, representando uma queda de aproximadamente 40% nesse período — uma redução importante em relação às décadas anteriores, mas que ainda representa um desafio para a saúde pública.

O tabagismo é um dos principais fatores de risco evitáveis para diversas doenças crônicas não transmissíveis. Estima-se que 90% das mortes por câncer de pulmão estejam relacionadas ao uso do cigarro. Além disso, fumar aumenta consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral, e contribui para doenças respiratórias graves, como bronquite crônica e enfisema pulmonar.

A ameaça crescente dos cigarros eletrônicos entre os jovens

Apesar dos avanços no combate ao tabagismo tradicional, o uso de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, tem se tornado uma preocupação crescente, especialmente entre os jovens. Uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas revelou que um em cada cinco jovens brasileiros consome cigarros eletrônicos, sendo mais popular entre aqueles de 18 a 24 anos .

Os cigarros eletrônicos são frequentemente comercializados como alternativas mais seguras ao cigarro convencional, mas estudos indicam que eles também apresentam riscos significativos à saúde. O uso desses dispositivos está associado ao surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. Além disso, há a possibilidade de contrair a doença pulmonar chamada EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping), cujos sintomas incluem tosse, dor torácica, dispneia, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre, calafrios e perda de peso.

A exposição à nicotina através dos cigarros eletrônicos pode afetar o desenvolvimento emocional e cognitivo dos adolescentes, além de aumentar os riscos de infarto do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), disfunção erétil e problemas no aparelho reprodutor .

Importância do acompanhamento médico para cessação do tabagismo

A dependência da nicotina pode causar efeitos psicológicos significativos, o que torna fundamental o acompanhamento médico para aumentar as chances de sucesso. “A orientação médica oferece suporte adequado e aumenta as chances de sucesso na cessação do tabagismo”, destaca o Dr. Pedro Pina Coelho, médico da Amparo Saúde, empresa do Grupo Sabin. “Com orientação especializada, é possível adotar estratégias personalizadas, como terapias comportamentais, uso de medicamentos e monitoramento dos sintomas de abstinência, promovendo uma transição mais segura e sustentável para uma vida livre do cigarro”, conclui.

Foto: Freepik

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