O vereador Teo Senna (PSDB) apontou, nesta quarta-feira (21), a falta de coerência da APLB Sindicato ao recusar a proposta de reajuste salarial feita pela Prefeitura, já que o percentual de aumento oferecido pela gestão municipal é o mesmo que foi aceito pela entidade quando concedido pelo governo do Estado. Para o vereador, a atitude do sindicato, controlado por militantes de partidos aliados do PT, demonstra que o movimento grevista tem na verdade apenas um viés político.
“A APLB aceitou e considerou positivo o reajuste salarial de 6,27% concedido pelo governo do Estado, do PT. No entanto, o sindicato mantém uma postura intolerante e recusa uma proposta idêntica feita pela Prefeitura. A APLB está lutando pelos interesses dos professores ou de um partido político? O que fica evidente é que a APLB está usando os professores como massa de manobra para interesses políticos”, questionou Senna.
O vereador lembrou ainda que a gestão municipal propôs para parte da categoria um aumento de 9,25%, maior, portanto, do que o reajuste dado pelo governo do Estado. “É preciso ter responsabilidade com o presente e o futuro de milhares de crianças da rede municipal de ensino, além de suas famílias. A greve é um direito dos trabalhadores, mas não pode ser um instrumento para atingir objetivos político-partidários. A Justiça, felizmente, reconheceu os excessos do movimento da APLB, ao decretá-lo ilegal”, pontuou.
Senna destacou que, ao contrário do que alega o sindicato, a Prefeitura já cumpre o pagamento do piso dos professores, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com entendimento pacificado da Corte, gratificações são consideradas no cálculo do piso salarial. “Não é aceitável que a APLB queira fazer política partidária com um assunto tão sério, agindo de uma forma com o governo do Estado e de outra com a Prefeitura. A educação é um direito fundamental, sendo dever do Estado promovê-la, mas com a colaboração de toda a sociedade”, concluiu.
Foto: Reginaldo Ipê (Ascom/CMS)