Com a intensificação das chuvas na Bahia durante o mês de maio e a previsão de novas frentes frias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), acende-se um alerta: o período chuvoso exige atenção redobrada com a saúde. Além dos transtornos à rotina da população, as chuvas contribuem para o aumento de doenças transmitidas pela água contaminada, pelo mosquito Aedes aegypti e também para o agravamento de doenças respiratórias.
Entre os principais riscos associados ao período estão as infecções causadas por água contaminada — como hepatite A, diarreias infecciosas e leptospirose — e as doenças respiratórias, que se agravam com a umidade e as mudanças de temperatura, como gripes, resfriados, sinusites e pneumonias. O cenário ainda é agravado pela proliferação de mosquitos, responsáveis pela transmissão de dengue, zika e chikungunya, favorecida pelo acúmulo de água parada.
De acordo com o coordenador do curso de Medicina da Unidompedro | Afya, o médico Rodrigo Pimentel, medidas simples podem ajudar a reduzir os impactos à saúde neste período.
“As chuvas trazem mudanças significativas no ambiente e no saneamento básico. Por isso é fundamental evitar o contato com água de enchente e não andar descalço em áreas alagadas para prevenir infecções como a leptospirose. Alimentos e água potável devem ser bem armazenados, sempre priorizando água filtrada ou fervida. Além disso, reforçar a higiene pessoal, o descarte correto do lixo e eliminar focos do mosquito da dengue são atitudes essenciais”, orienta o médico.
O especialista também reforça a importância de manter a vacinação em dia — especialmente contra hepatite A e gripe — e de procurar atendimento médico ao menor sinal de sintomas como febre alta, dores musculares, vômitos ou diarreia, principalmente após exposição a enchentes ou ambientes insalubres.
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