Nesta quarta-feira (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma entrevista concedida ao portal UOL, voltou a falar sobre o cenário eleitoral de 2026. Embora esteja inelegível por decisão Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e seja réu por suposta tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro demonstrou que acompanha de perto os movimentos relacionados a possíveis pré-candidaturas dentro de seu grupo político.
Ao ser interrogado sobre a possibilidade de sua esposa, Michele Bolsonaro, disputar a Presidência da republica, o ex-chefe do executivo afirmou que não há definição. “Não posso bater o martelo agora”, disse. A ex-primeira-dama tem aparecido em pesquisas de intenção de voto e, segundo o ex-presidente, seu nome foi incluído nos levantamentos sem que houvesse pedido formal para isso.
“Quem é a Michelle? É uma pessoa que, como primeira-dama, no meu entendimento, foi exemplar. É uma mulher, fala bem, é evangélica, então tem o carinho de uma parte considerável da população”, comentou.
Outro nome falado por Bolsonaro foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente se encontra nos esatdos Unidos. Segundo o ex-presidente, o filho também figura em levantamentos eleitoras , ainda que atrás do presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT).
Embora ainda das restrições legais, Jair Bolsonaro afirmou que seguirá buscando alternativas para reverter sua inelegibilidade. “Vou até o último segundo”, declarou, ao mencionar que considera injusta sua exclusão do processo eleitoral.
“Costumo dizer: eleição sem meu nome na chapa é negação da democracia. Isso que Alexandre de Moraes faz lá fora é conhecido como lawfare. Romênia, França, Estados Unidos. É para tirar de combate”, disse, citando o ministro do STF e presidente do TSE.
Embora ainda não tenha sido anunciada uma candidatura oficial, o movimento em torno de nomes ligados ao ex-presidente, como Michelle e Eduardo Bolsonaro, é visto por analistas como parte da estratégia do PL para manter a base mobilizada, mesmo diante da inelegibilidade de Bolsonaro.
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