sexta, 09 de maio de 2025
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PERSISTÊNCIA, CORAGEM E AMOR: MULHERES SUPERAM OBSTÁCULOS PARA REALIZAR O SONHO DA MATERNIDADE

João Paulo - 09/05/2025 11:20 - Atualizado 09/05/2025

Existem mães de diversos tipos: biológicas, adotivas, de consideração, segundas mães, no entanto uma característica comum a elas é o profundo amor e cuidado com seus filhos. As trabalhadoras precisam lidar com obstáculos extras, no entanto a coragem, persistência e o amor destas mulheres as fazem superar as dificuldades para realizar o sonho de ser mãe e conciliar os desafios da maternidade com o trabalho.

Para Larissa Alves Ribeiro, Analista de Serviço a Pessoas da Braskem na Bahia, as dificuldades foram ainda maiores. “Passei por duas perdas gestacionais, que trouxeram momentos de sofrimento”, revela. “As duas perdas eu descobri em ultrassons. A primeira perdi com 12 semanas, a segunda com 10. Todas as duas deram falhas genéticas, no entanto, não desisti, persisti, e fui realizar meu sonho. Sempre quis ser mãe e queria meu bebezinho nos meus braços”, conta.

A história teve um final feliz com a chegada da pequena Alice, que hoje tem um ano de idade. A partir de então, Larissa precisou lidar com novas dificuldades: conciliar seu trabalho na indústria com a maternidade. “Quando chego do trabalho, inicia meu segundo turno. É muito desafiador, especialmente quando ela adoece, mas dá para conciliar bem quando você tem uma rede de apoio segura e estável”, destaca.

Apesar do cansaço e dos desafios diários, ela afirma que a maternidade é uma experiência de descobertas e redescobertas. “Alice é uma menina muito abençoada, muito alegre, calma. É uma experiência única. Ser mãe também me mudou. Antes, eu queria as coisas para ontem, e depois da maternidade entendi que para algumas coisas você precisa esperar. A maternidade me ensinou a ser mais paciente”, ressalta Larissa, revelando que tem planos para dar um irmãozinho a Alice.

Assim como Larissa, Clécia Fonseca, Engenheira de Produção da Braskem, também sempre sonhou em ser mãe e enfrentou problemas na gestação. “Descobrimos um problema de infertilidade no casal, que nos levou a fazer tratamentos. Foi uma jornada dolorosa, não foi fácil, no entanto obtivemos sucesso na primeira tentativa com fertilização in vitro”, comemora Clécia.

No final da gestação ela teve hipertensão, mas, apesar do susto, Lucas chegou com saúde e hoje, aos 12 anos de idade, é o orgulho da mamãe coruja. “Meu filho é uma benção, é um miniadulto em corpo de criança. Ele é compreensivo e responsável ao extremo. Lucas é a realização de nossas vidas, nosso bem maior. Eu brinco que ele é o melhor de meu marido e eu: o melhor óvulo e o melhor espermatozoide”, declara Clécia.

Mudança de planos – Já a engenheira mecânica e eletricista Adriana Portugal confessa que a vontade de ser mãe só surgiu após mais de uma década de casada. “Não tinha esse desejo inerente. Antes da Braskem, eu trabalhava viajando muito e lembrava da história de vida difícil de minha mãe, que criou os três filhos sozinha, com muita restrição financeira. Mas quando percebi que minha história podia ser diferente, o desejo de ser mãe começou a fazer sentido para mim – isto eu já estava casada há 15 anos”, relembra.

Após esta jornada de autoconhecimento e mudança de paradigmas da própria vida, Adriana diz que a gestação do pequeno Kalil, de dois anos de idade, foi muito tranquila. “Trabalhei até o último dia, tive pouco enjoo e fiz atividade física a gestação inteira”, conta. Ela lembra que as dificuldades e transformações vieram após o parto. “Eu não tenho rede de apoio, porque minha mãe trabalha e estuda, e minha sogra tem dificuldade de locomoção, então a gente não tem esse suporte familiar. Os primeiros seis meses a um ano foram o período mais difícil. Meu processo de transformação foi muito intenso neste período. Minha maior dificuldade foi compreender que meu tempo agora era administrado por outra pessoa”, relata.

Ela destaca, no entanto, que a licença maternidade foi crucial para conseguir organizar tudo antes de retornar ao trabalho. “Foram sete meses que serviram também para ter uma pessoa em casa, fazer uma interação familiar com meu filho e ter uma criança mais autônoma. Quando voltei, já tinha uma adaptação. E ainda consegui manter a amamentação até um ano e 11 meses, fazendo a extração na sala de amamentação da empresa”.

Cuidado com as pessoas – A gerente de Pessoas e Organização da Braskem no Nordeste, Ana Luiza Salustino, que é mãe dos gêmeos Lara e Lucca, de nove anos, e Pietro, de oito anos, destaca que diversas ações foram implementadas na companhia para acolher trabalhadoras gestantes e lactantes, que vão desde infraestrutura até o processo de desenvolvimento dos integrantes e líderes na temática.

“Ampliamos a licença maternidade para seis meses em todas as unidades do Brasil, elaboramos um guia orientativo sobre parentalidade para apoiar integrantes, lideranças e equipes diante desse novo momento de vida; além de aspectos de infraestrutura, como a construção de salas de suporte à lactação nas unidades industriais e escritórios do Brasil e o lançamento de uniforme mais confortável e aderente ao corpo das mulheres gestantes”, enumera.

Ainda de acordo com Ana Luiza, os resultados das ações são excelentes. “Um bom exemplo é a taxa de retorno após a licença maternidade. Na Bahia, em 2014, aproximadamente 65% das mulheres que tiravam licença maternidade retornavam. Agora a taxa de retorno das nossas integrantes no estado é de 95%. Atualmente, 41% das integrantes e estagiárias do Brasil são mães”, ressalta.

Essas ações refletem na ascensão das mulheres na empresa. “Outro número que nos causa orgulho é ter fechado o ano de 2024 com 34% de mulheres na liderança da Braskem na América do Sul e, na Bahia, em 2025, alcançamos o marco de 50% das posições de gerências de produção das nossas operações ocupadas por mulheres”, destaca.

(Foto: Divulgação)

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