O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, encerrou nesta quarta-feira (30) sua missão oficial à China com uma agenda intensa na cidade de Xangai, voltada à atração de investimentos em inovação tecnológica e ampliação da conectividade no Brasil. Acompanhado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro realizou encontros estratégicos na sede do New Development Bank (NDB), conhecido como Banco de Desenvolvimento dos BRICS, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff, e com representantes de grandes empresas chinesas, como a SpaceSail e a Huawei.
Durante as reuniões, Frederico de Siqueira Filho destacou os avanços nas tratativas para a implantação de estações de telecomunicações via satélite no Brasil. A parceria com a SpaceSail, formalizada por meio de memorando com a Telebrás, ganhou novos contornos com a sinalização de apoio do governo brasileiro à expansão do serviço já no primeiro semestre de 2026. “Estamos diante de uma oportunidade concreta para acelerar a inclusão digital, especialmente em áreas remotas como comunidades ribeirinhas, quilombolas e da Amazônia”, pontuou.
Segundo o ministro das Comunicações, a expectativa é conectar até 2026 mais de 138 mil escolas, 40 mil unidades de saúde e 13 mil centros de assistência social, combinando infraestrutura de fibra óptica com tecnologia via satélite. “A tecnologia será a ponte para garantir que a inclusão digital alcance todos os brasileiros”, reforçou.
O ministro Rui Costa, líder da comitiva do governo do Brasil na China, destacou que o país está aberto a novas parcerias com a companhia chinesa, que é um novo player no mercado de internet via satélite, em diferentes frentes do desenvolvimento tecnológico e espera que novos acordos possam ser celebrados em breve. “É de interesse do governo que a prestação de serviços da SpaceSeil seja acelerada no Brasil e, para além disso, entendemos que pode haver maior integração com as empresas brasileiras, a exemplo da Telebrás, da nossa base de lançamentos de satélites, entre outras áreas”, enfatizou.
Rui Costa ainda sinalizou que o Brasil quer avançar em parcerias entre a empresa com o Centro de Pesquisa do Senai Cimatec, vinculado à Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Nós temos laboratórios e equipamentos sofisticados que poderiam ser objeto de integração nessa eventual parceria tecnológica”.
Foto: Divulgação/Casa Civil
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