A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento donanemabe, comercialmente conhecido como kinsula, que pode retardar em até 35% o avanço do Alzheimer, desde que administrado ainda nos estágios iniciais da doença. Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o fármaco já havia sido liberado nos Estados Unidos em julho do ano passado.
De aplicação injetável e uso mensal, o donanemabe foi avaliado em um estudo com 1.736 pacientes em fase inicial da doença, com sinais de comprometimento cognitivo leve e demência leve, além do acúmulo da proteína beta-amiloide, cujas placas afetam o funcionamento do cérebro. A pesquisa também mediu alterações na cognição e na função cerebral dos participantes.
Os resultados apontaram que os pacientes que usaram o medicamento tiveram uma progressão clínica significativamente menor em relação aos que receberam placebo.
Embora o Alzheimer ainda não tenha cura, o donanemabe representa um avanço por retardar o progresso da condição.
Há contraindicações para pacientes em uso de anticoagulantes, como a varfarina, e para aqueles diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral.
A Anvisa destacou que, como ocorre com qualquer novo medicamento, irá acompanhar de perto a segurança e a eficácia do donanemabe.
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