A Escola Municipal Hildete Lomanto, no Garcia, realizou uma série de atividades educativas com alunos para reforçar com os jovens estudantes a importância de discutir e prevenir a prática do bullying – atos de violência física ou psicológica no ambiente escolar. A ação ocorre em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas, celebrado na segunda-feira (7).
Os estudantes, do 6º ao 9º ano dos turnos matutino e vespertino, participaram de uma programação que incluiu a exibição de um curta-metragem que retrata os impactos emocionais do bullying na vida de um adolescente. Após o filme, foram promovidos momentos de reflexão, rodas de conversa e apresentação de slides com informações técnicas sobre o tema. Os alunos também puderam se expressar por meio de desenhos, relatando se já vivenciaram situações de bullying e como se sentiram.
A diretora da unidade de ensino, Ida Guimarães, diz que a escola já conta com um projeto, o “Bullying comigo, bullying com todos”, e que os índices dessa prática, felizmente, são pequenos na escola. Ela reforça ainda que todo o corpo docente, assim como os alunos, está atento a qualquer atitude que sinalize um comportamento discriminatório. Nesses casos, os pais, tanto de quem é vítima, como de quem pratica o bullying, são comunicados e acionados para uma conversa.
“Nós tratamos esse tema com muita seriedade. A gente combate o bullying com palestras, reuniões nas salas de aula, com os professores e também com a comunidade. Outro ponto importante é o momento da ‘escuta’. É quando o aluno que sofre bullying procura a gestão, a coordenação ou um professor. A gente acolhe, escuta e tenta alinhar uma ação com quem praticou o bullying, com a vítima e com as famílias envolvidas. Essa ação já faz parte do projeto desde o ano passado e a escola toda abraçou a ideia. Os alunos, os funcionários, todo mundo participou. Mandamos fazer camisas do projeto e até o porteiro usa a dele todos os dias. Isso mostra o quanto a escola está engajada”, comenta a gestora.
Inclusão – Ainda segundo a diretora, muitas das iniciativas foram pensadas para promover a inclusão de estudantes com deficiências (PCDs), como autistas e alunos com outras condições. Esses estudantes, pontua Ida, estão entre os que mais sofrem bullying. Por isso, a unidade de ensino faz questão de realizar um acolhimento individualizado, respeitando as necessidades de cada um.
“A parceria com a família é fundamental. Mas também há aquelas que têm dificuldade em aceitar o diagnóstico dos filhos, ou que não sabem onde buscar ajuda. Às vezes, fazemos a ponte com instituições e clínicas para facilitar esse acesso”, relata.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS