A paralisação das obras do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia, aumentou a pressão para a venda da Bamin Mineração. Atualmente existem dois interessados.
A britânica Brazil Iron já fez uma proposta de US$ 1 bilhão pela Bamin, incluindo Fiol I e o Porto Sul, e assinou um contrato de confidencialidade, mas só terá exclusividade na negociação mediante um primeiro pagamento. A empresa já teria os recursos para financiar o projeto, que envolveria financiamento de bancos, agências de exportação e parceiros operacionais.
A empresa estaria interessada principalmente na parte logística, para escoar a produção de seu projeto de minério e ferro briquetado a quente na Bahia. Seja quem for o comprador da Bamin, a Brazil Iron vai tentar negociar um acordo para usar a infraestrutura logística da Bamin.
O outro interessado é um consórcio formado pela Cedro Participações, BNDES e Vale, que estuda o projeto, mas ainda não fez uma oferta.
A Cedro é do empresário mineiro Lucas Kallas e está em conversas com potenciais investidores, incluindo fundos árabes, para financiar o projeto em parceria com a Vale e o BNDES. A Vale não ficaria com mais de 50% do projeto, já que a mina tem uma produção relativamente pequena, de menos de um milhão de toneladas atualmente, e não teria sinergia com a operação da mineradora, que não tem projetos na região.
Enquanto isso, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abriu investigação para apurar a suspensão das obras. O projeto está no escopo do novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo. Com informações do Pipeline.