Governadores, políticos e líderes da direita próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram novo ato neste domingo, na Avenida Paulista, em São Paulo, com o objetivo de aumentar a pressão sobre a cúpula do Congresso Nacional para pautar a anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro.
O ato reuniu 44,9 mil pessoas, segundo cálculo da Universidade de São Paulo.
Bolsonaro, que discursou ao lado de familiares de uma das condenadas pelo Supremo Tribunal Federal por atos antidemocráticos, cobrou o Congresso a aprovar o projeto de anistia articulado pela bancada do PL — cujas lideranças presentes ao ato instaram caciques de outros partidos a declarar apoio à proposta.
Bolsonaro voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, criticou o governo Lula e pediu ao Congresso que paute a PEC da Anistia. O ex-presidente discursou ao lado de familiares de Débora Rodrigues dos Santos, condenada por Moraes a 14 anos de prisão — o caso dela segue em análise na Corte —, e chegou a citar trechos em inglês durante o discurso.
— Eu não tenho adjetivo para qualificar quem condena uma mãe de dois filhos a uma pena tão absurda por um crime que ela não cometeu. Só um psicopata para falar que o que aconteceu no 8 de janeiro foi uma tentativa armada de golpe militar — discursou o ex-presidente ao lado da mãe de Débora.
Estavam presentes, o governador de Sâo Paulo, Tarcísio de Freitas, representando o Republicanos, seguido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, os governadores Ronaldo Caiado, Wilson Lima e Mauro Mendes representando o União Brasil, Romeu Zema representando o Novo e a vice-governadora do DF, Celina Leão, representando o PP. Todos foram ao microfone endossar o projeto, exceto o governador Ratinho Júnior (PSD), que não estava no carro de som. (OG)
Foto: Edilson Dantas/O Globo