A Bahia e toda a região do Matopiba, que engloba os cerrados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, podem ser os grandes beneficiados das tarifas impostas por Donald Trump ao mundo. Isso porque
Isso porque, em 2024, os Estados Unidos forneceram aproximadamente 21% das importações totais de soja da China e com a imposição de 34% de tarifas ao produto as exportações da soja brasileira devem crescer exponencialmente.
Isso significa que os 22 milhões de toneladas de soja que vem dos Estados Unidos e agora terão um sobre preços de 34% podem ser substituídas por soja do Brasil e da região do Matopiba. A ampliação do mercado chinês vai resultar em crescimento da área plantada de soja na região oeste da Bahia e em todo o cerrado nordestino.
Atualmente, a região do Matopiba produz cerca de 20 milhões de toneladas de soja e a Bahia é o maior produtor, com produção de cerca de 5 milhões de toneladas e com área plantada de mais de 2 milhões de hectares
Em 2024, a soja foi o principal produto de exportação da Bahia que vendeu cerca de 3 bilhões de dólares, principalmente aos países asiáticos, todos fortemente taxados pelos Estados Unidos. Se não houver retrocesso na imposição de tarifas, essas exportações já devem aumentar este ano, mas a expectativa é que para a próxima safra a área plantada aumente de forma considerável. Isso vai acontecer em todo o Brasil, mas a região do Matopiba é a que dispõe de mais áreas disponíveis para ampliação do cultivo. O único impedimento para esse crescimento é a infraestrutura, especialmente na área de energia.
Os três maiores produtores de soja na região do cerrado nordestino são: São Desidério e Formosa do Rio Petro, na Bahia, e Baixa Grande do Ribeiro no Piauí.