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UBER E 99 SUPÕE INDENIZAÇÃO AO PASSAGEIRO POR CORRIDA CANCELADA

VICTOR OLIVEIRA - 28/03/2025 16:14

Um plano de lei em tramitação na Câmara Municipal do Rio de Janeiro pode mudar as regras para cancelamentos em aplicativos de transporte. A criação do vereador Marcio Santos (PV), A proposta PL  254/2025 estabelece que empresas como Uber e 99 deverão creditar 5% do valor estimado da corrida ao passageiro quando o cancelamento partir do motorista ou da plataforma. As informações são do portal Diário Rio.

A regra, está publicada em 24 de março, e sendo analisada por seis comissões da casa legislativa antes de seguir para votação em plenário. Caso seja aprovada, ainda dependerá da sansão do prefeito Eduardo Paes (PSD) para entrar em vigor.

Como funcionaria

De acordo com texto, o credito de 5% seria automaticamente adicionado à conta do usuário no aplicativo, exceto em três situações:

  1. Quando o próprio passageiro cancela
  2. Por motivos de força maior
  3. Em caso de violação das políticas da plataforma pelo consumidor

As empresas ficariam obrigadas a manter registros detalhados de todos os cancelamentos e créditos concedidos para fins de fiscalização. O descumprimento da norma, caso aprovada, poderá resultar em advertência, multa de R$ 10 mil ou até suspensão temporária das atividades.

Questões em aberto

O propósito não especifica se o valor da indenização seria arcado pelas plataformas ou repassado aos motoristas que realizam o cancelamento. Também não há previsão sobre como seria calculado o valor da corrida em casos onde o cancelamento ocorre antes da definição do preço final.

Argumentação

No argumento, o vereador Marcio Santos afirma que “o cancelamento de corridas por parte de motoristas ou aplicativos de transporte gera transtornos aos consumidores, como perda de tempo e aumento dos custos com deslocamento”. A proposta pretende compensar esses prejuízos e incentivar a melhoria na qualidade do serviço.

Posição das empresas

A Amobitec, associação que representa Uber e 99, manifestou cautela em relação à proposta. O grupo afirmou que “é preciso analisar com cautela propostas legislativas que possam violar o conceito de liberdade econômica e interferir na livre iniciativa”, destacando que os motoristas “têm autonomia para escolherem suas corridas, o que é uma prerrogativa do modelo de negócio das plataformas digitais”.

Foto:  Paul Hanaoka na Unsplash

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