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SETOR DE FRANQUIAS CRESCE NO ESTADO E TEM MULHERES COMO PROTAGONISTAS

João Paulo - 24/03/2025 10:00

A força do empreendedor com franquias tem sido cada vez maior na Bahia. E nesse ramo a presença feminino tem se destacado. Em 2015, a participação feminina no franchising — modelo de negócio em que uma franqueadora concede ao franqueado o direito de usar sua marca— era de 46%. Passados quase 10 anos, a presença de mulheres superou a dos homens e, hoje, representa 57%, de acordo com a última pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF), divulgada em dezembro do ano passado. A participação feminina em posições de liderança também aumentou. Em 2015, apenas 19% delas ocupavam cargos como C-levels, gerência, supervisoras e membros de conselho, agora, elas são 29%.

Ainda de acordo com a pesquisa da ABF, atualmente, 51% dos colaboradores das operações franqueadas são mulheres. Já 32,2% das operações, próprias ou franqueadas, são dirigidas ou operadas por elas. Para o economista e especialista em franchising, Diogo Dumet, a maior presença da força feminina no setor de franquias é reflexo de fatores culturais, sociais e comportamentais que vêm se consolidando há décadas. Segundo ele, o perfil mais organizado, seguro e comprometido das mulheres contribui para que o franchising se torne uma escolha natural para quem busca empreender com menor risco.

“Como, em regra, a mulher é mais organizada e mais segura do que o homem, quando ela decide empreender, costuma optar pelo sistema de franquias. Por quê? Porque oferece mais segurança, menos risco, mais organização e conta com uma empresa dando suporte por trás. A própria pesquisa da ABF mostra isso. Não é só uma opinião minha — os dados estatísticos comprovam que esses são os principais fatores”, pontua em entrevista ao Jornal Correio.

De acordo com a gestora do programa Sebrae Delas na Bahia, Rosângela Gonçalves, esse crescimento tem sido constante e expressivo nos últimos anos, acompanhando a evolução da participação das mulheres em diversos segmentos da economia. Ela aponta que as mulheres tendem a se concentrar em setores ligados ao consumo feminino, como beleza, estética, bem-estar, alimentação fora do lar, moda, acessórios e serviços relacionados à educação, cuidados domésticos e infantis.

Crédito: Acervo pessoal

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