As vendas no Varejo em fevereiro de 2025 caíram 0,4%, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês de 2024, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, houve crescimento de 5,1%. Foi o terceiro mês seguido de queda no comércio brasileiro.
O macrossetor de Bens Não Duráveis registrou queda de 1,4%. Nesse caso, o segmento de Livrarias, Papelarias e Afins apresentou a maior variação negativa. A diminuição das vendas em Supermercados e Hipermercados também prejudicou o resultado. Nem mesmo o crescimento nos outros dois macrossetores – Bens Duráveis e Serviços – foi suficiente para o comércio apresentar alta nas vendas em fevereiro. Em Bens Duráveis e Semiduráveis, o faturamento cresceu 1,6%, com destaque para o segmento de Vestuário e Artigos Esportivos. Já em Serviços, a alta de 0,5% foi puxada principalmente por Turismo e Transporte.
De acordo com Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo, efeitos de calendário foram determinantes para o resultado do Varejo. “O mês de fevereiro de 2025 teve um dia útil a menos em relação ao ano passado, que foi bissexto. O resultado só não foi mais negativo porque este ano, diferente do ano passado, o Carnaval caiu em março. Se fosse em fevereiro haveria menos dias úteis e, portanto, menos atividade econômica”, afirma. Para o executivo, efeitos inflacionários também podem ter impactado negativamente o consumo em alguns setores do comércio.
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, os resultados de cada região em relação a fevereiro de 2024 foram: Sul (+2,5%), Sudeste (+1,5%), Centro-Oeste (-0,9%), Nordeste (-1,8%) e Norte (-2,1%).
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil