A decisão que permite a continuidade da ViaBahia na gestão das BRs 324 e 116, mesmo após o prazo estipulado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), gerou fortes críticas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O deputado estadual Eduardo Salles (PP) manifestou insatisfação, destacando o impacto negativo para os usuários das rodovias.
O TCU determinou, em 5 de fevereiro, que a ViaBahia deveria encerrar suas atividades até 31 de março de 2025. No entanto, sua permanência ficou condicionada ao pagamento de uma indenização de R$ 892 milhões, dos quais R$ 550 milhões deveriam ser quitados até 1º de março. O pagamento não ocorreu dentro do prazo devido à não aprovação do Orçamento da União de 2025 pelo Congresso Nacional.
Presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa, Salles reforçou sua oposição à continuidade da concessionária, argumentando que a empresa não cumpriu integralmente os termos contratuais nos últimos 15 anos.
“Não cumpriram uma vírgula do contrato desde a assinatura. Estávamos contando os dias e agora temos essa decepção porque o Orçamento ainda não foi aprovado. Não aceitaremos que essa empresa continue operando, independente do motivo. Que saia no dia 31 de março e receba os recursos quando estiverem disponíveis. Nós, baianos, não podemos mais ser prejudicados com esse serviço”, declarou.
“Frustrado, estarrecido, perplexo, consternado e decepcionado”, acrescentou o deputado.
(Tribuna da Bahia)
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