Em 2024, a Rede SAC realizou seis milhões de atendimentos, o que significa um acréscimo de 8,1% em relação ao ano anterior. Os atendimentos nos pontos SAC e nas unidades do SAC Móvel foram os que mais cresceram, com variações positivas de 19,7% e 17,9%. A expansão nas unidades móveis – que percorreram 147 municípios só no ano passado – e nos pontos SAC – que atendem principalmente as cidades menores – demonstram o esforço da Rede em garantir que seus serviços cheguem cada vez mais às populações distantes dos centros urbanos. A esta tendência, soma-se uma série de iniciativas que vêm sendo implementadas para atender aos grupos mais vulneráveis, de beneficiários de programas sociais a quilombolas, catadores e vítimas de emergências climáticas.
De acordo com a diretora operacional da SAC, Nilza Rios, a atuação da Rede atende a uma diretriz estratégica. “Nosso compromisso tem sido cada vez mais não apenas em aprimorar, de forma contínua, a qualidade do nosso atendimento, como também promover inclusão social”, ressalta a diretora.
Uma das principais ações nesse sentido foi a inclusão no SAC Móvel de serviços do Cadastro Único (CadÚnico), que serve de porta de entrada para diversos programas sociais, como Bolsa Família, Auxílio Gás e Minha Casa Minha Vida. Só de junho a dezembro do ano passado, as carretas – que circulam nas pequenas localidades da Bahia, – prestaram mais de 6,7 mil serviços relacionados ao CadÚnico.
“A iniciativa trouxe ganhos para a população de baixa renda que reside em pequenas localidades, já que para muitos deles os custos de deslocamento podem representar um verdadeiro impeditivo à cidadania”, explica Nilza. O sucesso da iniciativa foi tanto que no início deste ano as secretarias da Administração (Saeb) e de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), assinaram um termo de cooperação técnica que permitiu ampliar o pacote de serviços do CadÚnico disponíveis no SAC Móvel.
Outra linha de atuação que beneficia diretamente a população de baixa renda e que vem sendo aprimorada pela Rede SAC é o apoio aos grupos atingidos por emergências climáticas. Entre o final de janeiro e o início de fevereiro deste ano, quando forte chuvas levaram o município de Bom Jesus da Lapa a uma situação de calamidade pública, a Rede SAC, em parceria com o Instituto de Identidade Pedro Melo (IIPL), dedicou-se por 13 dias a oferecer suporte às pessoas que perderam seus documentos de identidade.
Uma novidade desta ação é que, antes mesmo da chegada da carreta do SAC Móvel, uma equipe itinerante realizou todo um trabalho de acolhimento, triagem e orientação para as pessoas atingidas. O objetivo da iniciativa – que envolveu até a realização de um mutirão com o cartório municipal – foi garantir que, na chegada da carreta, todos estivessem com suas certidões de nascimento regulares e em mãos, já que são documentos essenciais para a emissão da Carteira de Identidade Nacional. No total, foram feitos 1.723 atendimentos.
Populações historicamente marginalizadas, como quilombolas e indígenas, também têm sido alvo prioritário de ações da Rede SAC. Em fevereiro do ano passado – numa outra mobilização em prol de comunidades afetadas por temporais, desta vez nas cidades de Muquem de São Francisco e Wanderley – o SAC Móvel prestou mais de mil atendimentos a quilombolas. Em julho, foi a vez dos quilombolas do Porto de Trás, em Itacaré, receberem a unidade itinerante, que executou 845 atendimentos. Já em novembro a carreta marcou presença no Acampamento Terra Livre Bahia (ATL), na área externa da Assembleia Legislativa, em Salvador, permitindo a emissão de 680 carteiras de identidade para indígenas.
Outro grupo vulnerável que tem recebido especial atenção da Rede são os catadores de materiais recicláveis. Desde o ano passado, a SAC passou a integrar o Comitê Executivo para Inclusão Socioeconômica de Catadoras e Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis, responsável pelo programa Recicle Mais Bahia, do governo do Estado. Como resultado, a Rede passou a oferecer atendimento especial para os integrantes de cooperativas de catadores e seus familiares, que tiveram acesso facilitado à emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN).
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