O programa Bolsa Atleta Salvador, desenvolvido pela Prefeitura através da Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), tem ajudado atletas da capital baiana a desenvolverem as suas habilidades e a participar de competições no Brasil e no exterior, revelando talentos e levando o nome da cidade mundo afora.
A enxadrista Cláudia Lima, de 49 anos, e o karateca Daniel Santos, de 14, são exemplos de como o programa proporciona o suporte financeiro necessário para que os atletas possam alcançar os lugares mais altos do pódio. Os dois fazem parte do grupo de 250 pessoas que ingressaram no Bolsa Atleta Salvador no ano passado.
Em 2025, o programa beneficiará 334 atletas, divididos em categorias como olímpicos, paralímpicos, surdolímpicos, atletas internacionais e nacionais, de base, estudantis e aqueles que fazem parte da subcategoria Atletas da Copa Salvador Interbairros Sub-15. As inscrições para acesso à bolsa, com valores que variam de R$300 a R$2 mil, dependendo da categoria, vão até a próxima sexta-feira (21).
Xadrez – Cláudia, que é uma pessoa com deficiência visual, teve o primeiro contato com o xadrez em 2005, por meio de um amigo que a apresentou à modalidade adaptada. “Fiquei interessada. Na época, eu tinha baixa visão e comecei jogando em um tabuleiro grande, de 40×40 cm, recomendado para pessoas com baixa visão. Aos poucos, fui me adaptando, aprendendo as posições das peças e compreendendo melhor o jogo”, conta.
A paratleta começou a participar de torneios no Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência Visual, do qual fazia parte, até ser convidada a competir em outros torneios fora da cidade. No início, não havia nenhum tipo de apoio financeiro, e ela mesma arcava com os custos. “Pagava minhas passagens e inscrições. Às vezes, recebia ajuda de parentes para custear algumas despesas, mas nunca tive condições de viajar para competições fora do estado. Quando conseguia, era com muita dificuldade. Em 2015 e 2016, participei de torneios em Curitiba e Brasília, mas nunca pude disputar todas as quatro etapas do circuito nacional por limitações financeiras, conseguindo ir, no máximo, a uma delas”, recorda.
Foto: Bruno Concha e Otávio Santos / Secom PMS